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Foto: Normform/Shutterstock
Edição 98

Carta ao Leitor — Edição 98

A esquerda negacionista e a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade estão entre os destaques desta edição

Redação Oeste
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“Se todos os homens menos um partilhassem a mesma opinião, e apenas uma única pessoa fosse de opinião contrária, a humanidade não teria mais legitimidade em silenciar esta única pessoa do que ela, se poder tivesse, em silenciar a humanidade.” A frase do pensador inglês John Stuart Mill é um dos destaques do artigo de Rodrigo Constantino, que sintetiza alguns dos princípios irrevogáveis do pensamento liberal.

“Um liberal de verdade”, observa Constantino, “adotará postura humilde diante dos temas polêmicos e jamais se colocará como o detentor da palavra final sobre assuntos controversos, buscando silenciar críticos ou céticos”. Tal lição é olimpicamente ignorada pela esquerda que se autodenomina progressista. Vista de perto, o que se vê é a vanguarda do atraso.

Incapazes de praticar o convívio dos contrários, sem o qual não há democracias genuínas, eles tratam como inimigos a erradicar quem tenta expor alguma ideia discordante da verdade oficial que defendem aos berros. No caso da pandemia de covid-19, qualificam quem divirja de suas certezas de “negacionista-fascista-terraplanista”. Os insultados pelos militantes do PT poderiam lembrar que não existe negacionismo mais absurdo do que negar os escândalos do Mensalão e do Petrolão, ou acreditar no que Lula diz a seus discípulos. Ele se declara, por exemplo, a alma viva mais pura do Brasil. Para a seita, é proibido duvidar da palavra do mestre, mostra o artigo de capa desta edição, assinado por Augusto Nunes.

Embora a direita formada por conservadores e liberais seja constantemente chamada de negacionista, a realidade escancara o oposto. A esquerda, por exemplo, continua defendendo a eficácia do lockdown, já implodida pela Universidade Johns Hopkins num estudo divulgado recentemente.

A esquerda também se recusa a ouvir qualquer argumento que conteste a obrigatoriedade da vacinação infantil. Nas grandes democracias do mundo, contudo, o assunto é o tema do momento. E, em inúmeras nações, como mostra a reportagem de Cristyan Costa, a imunização de crianças é considerada desnecessária.

É a esquerda, enfim, que finge não enxergar o sonho de Lula, José Dirceu e companhia: transformar o Brasil numa cópia mambembe das ditaduras ainda existentes. “A China tem um partido que tem poder, que tem um Estado forte, que toma decisões e que as pessoas cumprem, coisa que nós não temos aqui”, afirmou o ex-presidente num vídeo de junho de 2021. “Ela só conseguiu combater o coronavírus com a rapidez que ela combateu porque tem um partido forte, porque tem um Estado forte, tem pulso, voz de comando.”

Quem não identifica as reais intenções do ex-presidente e seus comparsas é mais do que negacionista. É gente incapaz de enxergar um palmo na frente do nariz.

Boa leitura.

Branca Nunes
Diretora de Redação

4 comentários
  1. Urias Roberto da Silva
    Urias Roberto da Silva

    Talvez devêssemos chamá-los de “obrigacionistas” – da vacina, do lockdown, do passaporte vacinal…

  2. Luzia Helena Lacetda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacetda Nunes Da Silva

    Oeste tornou-se indispensável para mim.
    Não me canso de elogiar toda equipe.

  3. ELIAS FELD
    ELIAS FELD

    Parabéns. Rodrigo Constantino foi certeiro em seu artigo. Precisão cirúrgica.

  4. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Não vou me alongar. Vc esqueceu de dizer que negacionista é quem diz que não houve pandemia e por esta razão ela não afetou a economia e os projetos do governo. A esquerda acusa o governo de fascista, ma ela é uma combinação espúrea do fascismo, nazismo e comunisto, numa evolução do método da ideologia associada a ditaduras;

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