A agência de saúde da Suécia recomendou, nesta segunda-feira, 2, que crianças pequenas não sejam expostas a qualquer tipo de tela. As informações são da agência de notícias DW.
A Folkhälsomyndigheten, autoridade de saúde pública sueca, aconselhou que crianças de qualquer idade evitem o uso de telas antes de dormir e que dispositivos como celulares e tablets sejam mantidos fora dos quartos durante a noite. Esta é a primeira vez que a agência estabelece diretrizes claras para os pais sobre o tempo de tela dos filhos.
+ Leia mais notícias de Saúde em Oeste
A agência de saúde citou pesquisas indicando que o uso excessivo de telas pode levar a problemas como sono inadequado, depressão e insatisfação corporal. Anteriormente, o governo sueco já havia considerado a possibilidade de proibir o uso de smartphones nas escolas primárias.
Um estudo recente realizado na França, com duração de três meses, concluiu que crianças menores de três anos não devem ser expostas a telas, incluindo a televisão, e que nenhuma criança deve ter um celular antes dos 11 anos de idade.
Orientações sobre uso de telas para diferentes faixas etárias
Segundo as novas orientações da Folkhälsomyndigheten, crianças menores de dois anos devem ser completamente afastadas das telas. Isso serve tanto para as mídias digitais, quanto para a televisão.
Para crianças de 2 a 5 anos, o tempo de tela deve ser limitado a uma hora por dia. Já para aquelas entre 6 e 12 anos, a recomendação é de uma a duas horas diárias. Adolescentes de 13 a 18 anos devem restringir o uso de telas a duas ou três horas por dia.
O ministro da Saúde da Suécia, Jakob Forssmed, afirmou que “por muito tempo, foi permitido que os smartphones e outras telas entrassem em todos os aspectos da vida de nossos filhos”.
Ele destacou que adolescentes suecos de 13 a 16 anos passam, em média, seis horas e meia por dia em frente às telas, excluindo o tempo escolar. Para Forssmed, esse excesso de tempo de tela não deixa “muito tempo para atividades comunitárias, atividade física ou sono adequado”.
O ministro da Saúde mencionou a “crise do sono” na Suécia, observando que mais da metade dos jovens de 15 anos não dormem o suficiente.
