O Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, investiga três mortes suspeitas de febre do Oropouche no Brasil, sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia. Caso confirmadas, serão as primeiras mortes pela doença documentadas no mundo. No Maranhão, um caso também era investigado, mas foi descartado.
Neste ano, o país viveu a pior epidemia de dengue da história: até junho, foram 6,1 milhões de casos (mais de 80% dos casos de todo o mundo) e 4,2 mil mortes.
Quanto à febre Oropouche, o país já registrou neste ano 7.044 casos da doença, com transmissão autóctone, isto é, local, em 16 Estados: AC, AP, AM, BA, ES, MG, MA, MT, PA, PE, PI, RJ, RO, RR, SC E TO. Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul ainda têm investigações.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirma que já registrou as duas mortes como febre do Oropouche, mas aguarda confirmação pelo ministério. Os casos do Estado aconteceram nas cidades de Camamu e Valença, no sul, e chamam atenção, pois as vítimas, de 21 e 24 anos, não tinham comorbidades.
Em nota, o Ministério da Saúde declara que ainda não é possível confirmar mortes, pois é preciso fazer uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos, considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais”.
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Mortes por febre do Oropouche na Bahia ocorrem em março e junho
Os casos baianos ocorreram em março e junho. A primeira paciente teve sintomas, como dores musculares, abdominal, na cabeça e atrás dos olhos; além de diarreia, náuseas e vômitos. Ela chegou a buscar atendimento em unidades básicas e, dois dias depois do início dos sintomas, recorreu a um hospital de referência, relatando visão turva e dificuldade para enxergar. Já internada, a paciente desenvolveu agitação, pressão baixa e falta de oxigênio no sangue.
A segunda paciente teve febre, fraqueza e dores em múltiplos locais do corpo, incluindo as articulações. Ela também apresentou erupção cutânea vermelha e manchas roxas, além de sangramento no nariz, nas gengivas e na área vaginal. A jovem se queixou, ainda, de sonolência e vômitos.
Casos de febre do Oropouche tiveram rápida progressão de sintomas
Um estudo elaborado por 20 cientistas de diversos órgãos da Bahia, como a Secretaria da Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou as mortes. O relatório destaca que a rápida disseminação do vírus da febre, chamado de Orov, “já representa surto de grande preocupação para a população”.
De acordo com a análise dos especialistas, os casos destacam alguns pontos importantes a serem observados: a rápida progressão dos sintomas até a morte, a presença de coagulopatia grave (uma condição em que o sangue tem dificuldade em coagular corretamente) e a ocorrência de problemas no fígado, que podem ter contribuído para a coagulopatia e, consequentemente, para as mortes.
“Fica claro que a infecção por Orov pode levar a fenômenos hemorrágicos, como estudos anteriores demonstraram, e o envolvimento hepático pode ser esperado nesta infecção”, diz o relatório.
O texto destaca ainda que a evolução clínica dos pacientes com febre do Oropouche foi muito semelhante à de uma febre hemorrágica grave, comumente observada em casos de dengue. Para eles, isso representa um desafio para o diagnóstico que merece atenção. “Se não fosse pela extensa avaliação laboratorial e pelo surto de Orov em curso na região, esses casos provavelmente teriam sido classificados inadequadamente como mortes por dengue”, dizem.
Por isso, segundo o documento da Sesab, os casos mostram como é de extrema importância implementar uma vigilância epidemiológica ativa. E garantir a coleta de amostras suficientes para monitorar outras doenças, além de realizar a vigilância genômica
O caso de Santa Catarina
Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina informou estar acompanhando a investigação de um caso suspeito de óbito da doença conduzida pelo Estado do Paraná e com apoio do ministério.
Segundo a pasta, o caso foi identificado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e o paciente atendido por serviços de saúde locais paranaenses, onde a morte aconteceu no mês de abril.
No entanto, “durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina, uma vez que o paciente teve registro de viagem ao Estado”, explicou em nota.
Segundo a pasta, os municípios com maior número de casos confirmados são Luiz Alves (65), Botuverá (35) e Blumenau (9). Santa Catarina tem um total de 140 casos confirmados até o momento.
Ainda não há vacina nem tratamento específico para a febre de Oropouche
A febre do Oropouche é uma doença causada por um vírus chamado Orthobunyavirus (Orov), que pertence à família Peribunyaviridae e é transmitido pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim.
Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça, dores musculares, náuseas e diarreia. Em alguns casos, a doença pode evoluir para formas mais graves, com sintomas neurológicos. Atualmente, não há vacina nem tratamento específico para a doença. Pacientes com sintomas devem descansar, fazer tratamento para aliviar sintomas e seguir o acompanhamento médico.
Recentemente, o Ministério da Saúde alertou para a importância dos cuidados das gestantes com a doença, diante de suspeitas de casos de microcefalia possivelmente associados à doença.
Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), associado ao Ministério da Saúde, encontraram evidências de que a febre do Oropouche pode ser passada da mãe para o bebê durante a gestação. Diante da descoberta, a pasta emitiu uma nota técnica em que recomenda que Estados e municípios redobrem a vigilância sobre a possibilidade desse tipo de transmissão, chamada de vertical.
O alerta foi feito depois que o IEC identificou a presença de anticorpos contra o vírus em quatro bebês nascidos com microcefalia, além de material genético do vírus da Oropouche em um feto natimorto com 30 semanas de gestação.
Leia também: Brasil, o país da dengue, reportagem publicada na Edição 220 da Revista Oeste
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
É o Brasil em primeiro lugar!
Mais uma vez com a palavra a D. Nisia…
Fiquem tranquilos, os sociólogos do Ministério da Saúde vão resolver esse problema.
VIVA! PELO MENOS EM MORTE POR DOENÇA O LULLADRÃO É O CAMPEÃO! CULPA DE QUEM AGORA, DO TRUMP, DO CAMPOS NETO OU DO BOLSONARO? FALA AÍ REI DOS LADRÕES, LULLADRÃO!
Essa manga chupada e podre entende tanto de saúde quanto o 9 dedos de honestidade!