A Dinamarca está realizando um recall de três tipos de macarrão instantâneo da empresa coreana Samyang devido ao risco de “envenenamento” pela alta quantidade de capsaicina. A Administração Veterinária e Alimentar dinamarquesa constatou que os níveis da substância poderiam causar intoxicação aguda.
A capsaicina, um composto presente em pimentas, pode ser neurotóxica para algumas pessoas. No Brasil, esses produtos são vendidos em diversos sites.
O macarrão da marca coreana não foi recolhido em outros países, nem houve avisos sobre sua segurança emitidos até agora, segundo a emissora BBC.
A Samyang está analisando as regulamentações locais.
O que diz a fabricante do macarrão alvo do recall
A fabricante Samyang afirmou que os produtos não apresentam problemas de qualidade. “Entendemos que a autoridade alimentar dinamarquesa fez o recall dos produtos, não por causa de um problema de qualidade, mas porque eram muito picantes”, disse, em nota à BBC. “Os produtos estão sendo exportados globalmente. Mas esta é a primeira vez que são recolhidos pelo motivo acima”.
Até o momento, não há relatos de incidentes na Dinamarca associados ao consumo desses produtos. A autoridade dinamarquesa enfatizou o perigo potencial para crianças, devido à extrema picância dos macarrões, que pode causar danos à saúde. A Samyang reforçou que irá acompanhar de perto as regulamentações locais para garantir a segurança de seus produtos.
Nos EUA, menino morre depois de comer salgadinho com capsaicina
Harris Wolobah, de 14 anos, faleceu nos Estados Unidos depois de participar do ‘desafio do salgadinho picante’, que consiste em consumir uma tortilha com alta concentração de capsaicina, um composto químico picante encontrado na pimenta-malagueta.
O adolescente sofria de um problema cardíaco congênito e havia aceitado o desafio “One Chip Challenge” da empresa Paqui, que consiste em comer um salgadinho de milho temperado com as pimentas Carolina Reaper e Naga Viper, consideradas “extremamente picantes”.
O incidente ocorreu em setembro de 2023. A causa da morte foi parada cardiorrespiratória causada por ingestão de capsaicina em alta concentração e foi oficialmente confirmada pelo legista-chefe do Estado de Massachusetts, EUA, em 16 de março.
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Deve ter sido aquela quitanda do Amapá que forneceu o produto.