O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou 3 milhões de vacinas atualizadas da covid-19 (adaptadas à variante JN.1), que foram ofertadas pela farmacêutica norte-americana Moderna. A recusa ocorreu tempos depois de o Ministério da Saúde aceitar os imunizantes. As doses chegariam ao Brasil em dezembro.
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A pasta comandada por Nísia Trindade alegou que a vacina não cumpre os requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa questão poderia dificultar a entrada dos medicamentos no país.
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O ministério, entretanto, pediu que a empresa entregasse a vacina mais antiga, atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de ter recusado o lote mais atualizado dos imunizantes da covid, o governo Lula também abriu um processo administrativo contra a farmacêutica. A empresa, no entanto, disse não ter condições de cumprir o que o governo pediu, pois não fabrica mais os imunizantes demandados.
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“Uma possível substituição por doses da JN.1, neste momento, atende exclusivamente aos interesses da empresa, uma vez que esta cepa não está aprovada pela Anvisa para comercialização no Brasil”, afirmou a pasta liderada por Nísia. “Não há cenário epidemiológico que justifique excepcionalidade e descumprimento dos trâmites sanitários no país.”
Técnicos da Anvisa dizem que importação excepcional é possível
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, três técnicos da Anvisa afirmaram que seria possível autorizar a importação excepcional.
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Membros do Ministério da Saúde, no entanto, reclamaram do tempo que a Anvisa leva para analisar importações por excepcionalidade. Em julho, a pasta registrou um pedido para liberar a entrada de doses da Moderna, mas o órgão sanitário respondeu apenas dois meses depois.
A divergência entre o governo Lula e a farmacêutica Moderna
A farmacêutica Moderna informou que propôs ao Ministério da Saúde o envio de 3 milhões de doses da vacina atualizada da covid, pois havia parado de fabricar imunizantes da cepa XBB. O governo federal aceitou, mas recuou e cobrou da empresa as vacinas antigas.
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Em nota, a pasta afirmou que notificou a companhia por descumprimento de contrato. “Essas doses são em substituição à remessa enviada pela empresa com prazo de validade abaixo do estabelecido.”