O Ministério Público de São Paulo (MPSP) vai investigar o caso de 12 pacientes que perderam a visão ou tiveram sequelas depois de um mutirão de cirurgias de catarata no interior do Estado. Os procedimentos ocorreram em outubro de 2024, no Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) de Taquaritinga (SP), sob administração do Grupo Santa Casa de Franca (SP). A informação foi divulgada pelo g1.
Em 21 de outubro de 2024, 23 pacientes de cidades do interior de São Paulo buscaram o AME de Taquaritinga para cirurgias de catarata. Depois do procedimento, alguns relataram dor intensa na cabeça e nos olhos, além de cegueira total ou parcial.
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Durante as consultas pós-operatórias, ao informarem que a visão havia piorado, os médicos disseram que a situação era normal. No entanto, diante da incidência de queixas, o Grupo Santa Casa de Franca abriu uma sindicância para investigar o caso.
“Esse erro foi restrito exclusivamente ao dia 21 de outubro de 2024, afetando 12 pacientes dos 23 operados nesse dia”, justificou o grupo. “Além disso, medidas corretivas foram implementadas para reforçar os protocolos de segurança e evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.”
![Catarata](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2023/11/Catarata-scaled.jpg)
A Secretaria de Saúde de Taquaritinga informou que as Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal identificaram pendências na sala de esterilização do AME.
Além de afastar todos os profissionais envolvidos no mutirão, o Grupo Santa Casa de Franca encaminhou os pacientes lesados para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) e para a Santa Casa de Araraquara (SP) para tratamento imediato, além de incluí-los na fila de transplante de córnea.
No âmbito das entidades de saúde, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e a Secretaria Estadual de Saúde também acompanharão o caso que envolve os pacientes lesados.
MPSP estuda instaurar inquérito policial
Depois da abertura do processo para apurar o caso, o MPSP informou que “já está aguardando os esclarecimentos dos responsáveis para a tomada das providências cabíveis, cíveis e criminais”. Além disso, o órgão estuda abrir um inquérito policial para responsabilizar criminalmente os envolvidos.
Em coletiva no sábado 8, o governador de São Paulo, Tarsício de Freitas, afirmou que o Estado oferecerá indenização aos pacientes e “cobrará a responsabilidade da organização social”.
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“Precisamos compreender todo o contexto para tomar as medidas necessárias e evitar que situações como essa se repitam”, afirmou o governador. “Neste momento, nosso foco é prestar todo o auxílio e assistência às pessoas que estão sofrendo com esse problema.”
Segundo o g1, alguns pacientes que perderam a visão por causa do procedimento foram alertados sobre a irreversibilidade do quadro.
O caso no AME de Taquaritinga ocorreu um mês depois dos relatos de pacientes que perderam a visão em Parelhas, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, 15 de 20 pacientes apresentaram quadros de endoftalmite, infecção causada pela bactéria Enterobacter cloacae, depois de procedimentos cirúrgicos na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. Dos 15 pacientes lesados, dez perderão um olho.
Lamentável a situação. O paciente aguarda uma eternidade pela cirurgia para melhorar seu quadro e acaba cego. As cirurgias realizadas nestes mutirões são como linha de montagem. Pelo jeito, esterilizar adequadamente fica em segundo plano. E assim, o sonho se torna um pesadelo.
Ou seja, em ambos os casos, São Paulo e RN, mais da metade dos operados sofreu lesões. MAIS DA METADE!!!
Claramente vão culpar as vitimas, sempre é assim! Medicos nao sao condenado e não perdem o registro pq demora muito pra formar um medico e o governo gasta muito dinheiro pra tentar formar um, então se vc não é filho de alguém do STF como o Filho do Benedito gonçalves o crianção com roupas de 1milhão já era.