É possível que o cérebro humano esteja em atividade enquanto morre? Pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, analisaram quatro pacientes terminais e constataram que o cérebro, em processo de falência, ainda pode estar ativo.
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O novo trabalho tenta descobrir o que ocorre no cérebro minutos depois da interrupção do fluxo de oxigênio. Para tanto, cientistas analisaram os pacientes depois de uma parada cardíaca, quando os médicos decidiram interromper a reanimação e desligar todos os aparelhos.
Na avaliação, porém, embora todas as máquinas tivessem sido desligadas, o aparelho de eletroencefalograma, conjunto de eletrodos que mede a atividade cerebral, continuou ativo. Completamente inconscientes, essas pessoas já não apresentavam nenhuma resposta neurológica, como no estado de coma.
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Mas assim que o fluxo de oxigênio foi interrompido, a atividade cerebral aumentou abruptamente, e permaneceu nesse estado por até seis minutos. Depois desse pico, contudo, a atividade cerebral cessou definitivamente.
Entre a vida e a morte
Segundo os estudiosos, esses seis minutos representam a transição entre um cérebro vivo e um cérebro morto. Assim, eles concluíram que durante esse tempo em que o cérebro está prestes a morrer, é possível ter pensamentos inconscientes e memórias ativas.
A descoberta acredita que essa atividade cerebral talvez ocorra durante os primeiros minutos da falta total de oxigênio. Os pesquisadores agora querem saber se os processos são os mesmos que geram algumas memórias e pensamentos pré-morte comumente relatados por sobreviventes de uma parada cardíaca.
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O estudo pretende descobrir ainda se essa atividade cerebral é a mesma que gera sensações de saída do corpo, por exemplo.
Essa nova linha de investigação tem o objetivo de compreender os fenômenos que ocorrem durante o processo da morte. Também sugere a necessidade de reavaliar o papel do cérebro durante uma parada cardíaca.
O cerebro é uma maquina quântica, portanto fiquem a vontade para deduzir… não vou falar nada!