A capitã da seleção brasileira feminina de rúgbi, Raquel Kochhann, vai representar o Brasil na abertura oficial da Olimpíada de Paris, nesta sexta-feira, 26. A atleta superou um câncer de mama nos últimos dois anos e vai carregar a bandeira do país durante o tradicional desfile do evento esportivo, realizado com competidores de todo o planeta.
Raquel nasceu em Saudades, no interior de Santa Catarina. A esportista cresceu em Pinhalzinho, cidade vizinha de sua terra natal. Depois de participar da Olimpíada de Tóquio (2020), a jogadora descobriu um nódulo no sistema mamário. Ela ficou afastada por quase dois anos dos gramados.
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“Sofri uma lesão de ligamento no joelho”, afirmou Raquel, ao portal g1. “Depois, veio o diagnóstico do câncer.”
A atleta disse que não deixou de praticar atividades físicas durante o tratamento da doença. Apesar disso, relatou que sentia mais dificuldades com o cansaço e com a fadiga durante os circuitos de treinamento.
A esportista explicou que não deixava seu corpo chegar à exaustão máxima, pois isso evitaria uma possível queda na imunidade. “Tudo isso me ajudou a chegar em melhor forma quando voltei ao campo.”
A capitã da seleção feminina de rúgbi afirmou que uma das principais estratégias para superar esse momento difícil, foi encarar as adversidades de maneira positiva.
“Foi a oportunidade de olhar para mim, cuidar do meu corpo e descobrir o câncer em fase inicial”, disse a atleta. “Eu poderia demorar mais três anos para descobrir, e talvez fosse irreversível. Por isso que é muito importante fazer os exames preventivos.”
Raquel explica a sensação de ser a porta-bandeira do Brasil na Olimpíada
Raquel Kochhann disse que é impossível explicar em palavras a sensação de levar a bandeira do Brasil na abertura das Olimpíada de Paris. “Sabemos que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro por enquanto, apesar de termos esse sonho.”