A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nesta terça-feira, 25, um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do Ozempic no mercado brasileiro e no exterior. O medicamento é destinado ao tratamento de diabetes tipo 2, mas amplamente utilizado para perda de peso.
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Desde 2022, a OMS monitora o crescimento da falsificação do Ozempic, com a apreensão de lotes ilegais no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. No Brasil, as apreensões ocorreram em outubro do ano passado, mas detalhes sobre os lotes não foram divulgados.
Riscos à saúde e recomendações da OMS
A OMS alerta para o fato de que essas versões falsificadas podem representar sérios riscos à saúde. A organização recomenda que o remédio seja adquirido apenas de fontes confiáveis, como consultórios médicos, e não em sites ou redes sociais, que podem ter a procedência duvidosa.
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Princípio ativo do Ozempic, a semaglutida ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue em pessoas diabéticas. O medicamento, administrado semanalmente, reduz a sensação de fome ao enviar sinais ao cérebro, o que facilita o processo de emagrecimento.
Problemas gerados pelo uso indevido e falsificação
O uso do Ozempic por pessoas sem diabetes para a perda de peso gerou escassez do medicamento entre os que sofrem pela alto nível de glicose no sangue e precisa da droga para o tratamento. Esse desequilíbrio e criou um mercado paralelo de remédios falsificados.
A organização recomenda ao paciente que verifique o número do lote e de série e evite a compra de produtos dos lotes LP6F832, MP5E511 e NAR0074 e com o número de série 430834149057. Também é preciso examinar a qualidade da caneta e do rótulo e procurar erros de ortografia na embalagem.
“Profissionais de saúde, autoridades regulatórias e o público em geral devem estar atentos para os lotes de remédios falsificados”, afirmou Yukiko Nakatani, diretora-assistente de remédios essenciais e produtos de saúde da OMS.
Efeitos nocivos das falsificações
Algumas injeções falsificadas não contêm semaglutida, mas outras substâncias, como insulina. “Esses produtos falsificados podem ter um efeito nocivo para a saúde das pessoas”, advertiu a OMS.
Uma versão do Ozempic desenvolvida especificamente para perda de peso é comercializada no Brasil e em outros países sob o nome Wegovy e vendida em clínicas especializadas.