O Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) promoveu o evento “Passarelas da Vida”, na última terça-feira, 29, que reuniu 37 pacientes da instituição. O evento ocorreu no Centro de Convenções Rebouças.
Um dos objetivos do desfile, com entrada gratuita, é conscientizar as pessoas sobre os diversos tipos de câncer e promover um resgate da autoestima dos pacientes, muitos em fase de tratamento.
Desfile de pessoas em tratamento de câncer revisita memórias dos pacientes
Iniciado há 12 anos, o evento recebeu um público de 400 espectadores e contou com 100 colaboradores. O Icesp realizou o desfile em parceria com a Faculdade Santa Marcelina.
Os alunos que cursam moda na instituição de ensino personalizaram as roupas dos pacientes, dois meses antes do evento. Cada um dos modelos escolhia o que vestir, enviava as referências e os alunos e estilistas trabalhavam em cima da ideia.
A partir do tema “Passarelas da Vida”, a roupa de cada paciente foi confeccionada com fotografias dos familiares e dos amigos de cada modelo.
A novidade desta edição foi a passarela de 20 metros e uma televisão led com depoimentos emocionantes. O vídeo também exibiu uma retrospectiva dos desfiles anteriores.
Segundo a coordenadora do setor de Humanização, Maria Helena Sponton, já há uma lista de pacientes para o ano que vem. “Fico emocionada ao ver cada mulher, homem e criança desfilando com garra”, contou. “Já temos os nomes para o ano que vem. Não me importa o tumor de cada um, são pessoas em tratamento que precisam compartilhar vida.”
Já a professora da Faculdade Santa Marcelina Walquiria Caversan explicou a ideia geral da confecção das roupas. “Fizemos roupas que contassem a história de cada um como uma colcha de retalhos”, acrescentou.
A comunicadora Gislene Sharaba, de 37 anos, é ex-paciente do instituto. Ela finalizou seu tratamento há oito anos, mas ainda participa dos desfiles promovidos pelo Icesp.
Gislene andou pela passarela com um sino na mão. O objeto é tocado no instituto, tradicionalmente, para indicar o fim do tratamento ou a cura da doença daquela pessoa. “Os sinos na igreja indicam o início e o fim das horas”, relatou a Oeste. “E decidi que ia tocá-lo todos os dias da minha vida.”
(Clique na foto para visualizá-la por inteiro.)
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