Na medida em que as pessoas envelhecem, manter um cérebro saudável exige, da mesma forma, conservar uma pressão arterial saudável. Isso é fundamental para evitar problemas como a demência. Contudo, entre os adultos norte-americanos, cerca de metade tem hipertensão.
No Brasil, aproximadamente 45% das pessoas entre 30 e 79 anos sofrem da mesma doença. A hipertensão é um dos fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento principalmente de demência décadas depois, mostram as pesquisas.
Demência está associada ao fluxo sanguíneo
A hipertensão, ou pressão arterial cronicamente alta, é um golpe duplo para o cérebro. Ela dificulta tanto a entrada de oxigênio e nutrientes quanto a eliminação de resíduos metabólicos.
A pressão alta ainda pode danificar os pequenos vasos sanguíneos no cérebro, causando lesão cerebral e atrofia. Além disso, pode levar à neuroinflamação.
Quando as pessoas têm hipertensão, especialmente na meia-idade, “elas começam a perder o fluxo sanguíneo para o cérebro, começam a ter impactos nos vasos do cérebro”, diz Silvia Fossati, professora de ciências neurais e diretora interina do Centro de Alzheimer da Faculdade de Medicina da Temple University. “E isso é paralelo e aditivo à doença de Alzheimer.”
A hipertensão é um fator de risco para demência por todas as causas, bem como para a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência. Comparadas com pessoas com pressão arterial normal, aquelas com hipertensão têm pelo menos 1,5 vez mais risco de comprometimento cognitivo e demência.
Doença é prevenível e modificável
Crucialmente, a pressão alta é prevenível e modificável, ressaltam os especialistas. “Se há uma coisa que você deve fazer hoje para ajudar seus resultados cognitivos quando tiver 80 ou 90 anos, é cuidar da saúde do seu coração”.
Quem afirma é Ana Daugherty, professora associada de psicologia que pesquisa envelhecimento e risco de demência no Instituto de Gerontologia da Wayne State University. “E isso é verdade para qualquer pessoa. Nunca é tarde para começar.”
Por que a hipertensão prejudica o cérebro
O cérebro é pequeno, mas carente: ele constitui apenas 2% do peso corporal, mas demanda pelo menos 15% do sangue. O cérebro está “faminto pelo que está no sangue”, diz Ana. “Qualquer coisa que interrompa esse processo terá pequenos e grandes efeitos cumulativos ao longo do tempo.”
O fluxo sanguíneo no cérebro não é constante e, em vez disso, diminui e flui a cada batimento cardíaco. Grande parte do tecido cerebral é mais semelhante a “uma região de inundação onde vasos muito pequenos estão fornecendo sangue”, explica a especialista.
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Interessante e útil, mas onde foi publicado? Cadê a referencia bibliográfica? Houve publicação em revista científica? Se houve, qual o fator de impacto da publicação?
Erro crasso quando se publica “verdades cientificas”.
Tenho grande respeito e admiração pelo corpo jornalístico desta revista, mas falta alguém da área medico-científica para, quando pautar assuntos dessa natureza, seguir a liturgia que esse tipo de jornalismo impõe.