A Receita Federal apreendeu na manhã da última segunda-feira, 6, uma carga de 176 canetas de Mounjaro. A remessa era proveniente de Miami e foi confiscada em Fortaleza, no Ceará. As canetas estavam escondidas entre materiais de pesca e foram avaliadas em cerca de R$ 600 mil.
A equipe da Divisão de Vigilância e Repressão da Receita Federal foi a responsável pela fiscalização. O órgão adotou uma técnica de gestão de riscos para priorizar encomendas que apresentam maior probabilidade de conter itens irregulares e constatou ter em seu conteúdo o medicamento utilizado para emagrecimento.
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Toda a mercadoria foi entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que conduzirá os procedimentos administrativos e posterior representação ao Ministério Público Federal, que realizará as investigações.
O Mounjaro é um emagrecedor à base de tirzepatida utilizado no tratamento de diabetes. O medicamento é regulamentado pela Anvisa somente para importação por pessoas físicas mediante receita médica, e sua importação por pessoas jurídicas é proibida.
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Como o Mounjaro atua
Como o concorrente Ozempic, o Mounjaro também deve ser injetado semanalmente. A droga é a primeira a simular dois hormônios secretados pelo intestino, o GIP e GLP-1, que melhoram a liberação de insulina pelo pâncreas depois da refeição.
Como a tirzepatina desacelera o esvaziamento estomacal e inibe os sinais de fome emitidos pelo cérebro, o apetite é suprimido, as pessoas comem menos e, consequentemente, perdem peso.
A Eli Lilly, farmacêutica responsável pelo medicamento, recomenda que seu consumo seja acompanhado de uma dieta adequada e da prática de exercícios físicos regulares.
Para conseguir a aprovação da Anvisa, a companhia realizou dez estudos clínicos, com mais de 19 mil pacientes, 50 médicos investigadores e 65 centros de estudo, em 24 cidades.
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