Subiu para cinco o número de mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul desde o início de maio, quando o Estado foi atingido por enchentes. Além disso, nove óbitos estão sendo analisados.
Até a segunda-feira 27, foram confirmados 125 casos da doença, com 922 casos suspeitos ainda sob investigação pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS), que recebeu até agora 1.588 notificações da doença.
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Porto Alegre lidera a lista de cidades com mais casos notificados, somando 685, quase nove vezes mais que Canoas, que registra 76 casos.
Veja a lista de cidades com mais notificações de leptospirose
- Porto Alegre: 685
- Santa Cruz do Sul: 78
- Canoas: 76
- Sapucaia do Sul: 43
- Novo Hamburgo: 42
- Esteio: 31
- São Leopoldo: 26
- Montenegro: 24
- Campo Bom: 20
- Santa Maria: 19
- Alvorada: 18
- Igrejinha: 17
- Feliz: 17
- Cachoeirinha: 16
- Estrela: 16
- Eldorado do Sul: 15
A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida pela bactéria leptospira, presente na urina de animais infectados, principalmente roedores. Os casos tendem a aumentar depois de enchentes, enxurradas e lama.
Orientações das autoridades
As autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul recomendam a desinfecção adequada dos ambientes alagados para prevenir a doença. É aconselhado usar hipoclorito de sódio a 2,5%, encontrado na água sanitária, na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água.
Manter alimentos em recipientes fechados, limpar a cozinha regularmente, retirar restos de comida e ração antes do anoitecer e evitar entulhos também são medidas importantes. Além disso, para evitar roedores, é preciso manter o terreno limpo e sem acúmulo de objetos. A exposição à luz solar também é eficaz na eliminação da bactéria leptospira.
Sintomas e diagnóstico
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a leptospirose pode levar até 30 dias para se manifestar no organismo humano, com o aparecimento dos sintomas entre o sétimo e o décimo quarto dia após a exposição. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo, especialmente nas panturrilhas, vômitos e, em casos mais graves, pele amarelada.
Quem apresentar esses sintomas e tiver tido contato com água potencialmente contaminada deve procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento pode ser iniciado em qualquer Unidade Básica de Saúde dos municípios, preferencialmente até o quinto dia após o início dos sintomas. É crucial informar ao médico sobre qualquer contato com roedores, água e lama de inundações.