A Apple divulgou uma nova medida de segurança para combater o uso de peças de iPhones roubados em consertos de outras unidades do smartphone. Um sistema de bloqueio será implementado para interromper automaticamente a reativação de aparelhos que receberam componentes reciclados a partir de ações criminosas.
A novidade faz parte de um pacote de regras que a gigante divulgou para que clientes e assistências técnicas independentes possam reaproveitar peças usadas de iPhone em reparos, uma mudança em relação à política atual permitir apenas componentes novos — e algo que sempre gerou críticas à empresa.
As mudanças entrarão em vigor a partir de setembro, primeiro nos Estados Unidos, e, depois, no resto do mundo. Não há informações quando o sistema de bloqueio passará a valer para o Brasil.
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Segundo a Apple, as medidas foram implementadas para aumentar a durabilidade dos aparelhos e reduzir o impacto ambiental de um reparo. Porém, a empresa vem percebendo o aumento de roubos e furtos do iPhone em mercados centrais do seu negócio, como os EUA. Antes da medida das peças, a companhia incluiu um recurso antirroubo no iOS 15, versão mais recente do sistema operacional do iPhone.
O que já é possível fazer para evitar o bloqueio de iPhone anunciado pela Apple
A Apple já possui um recurso chamado “Bloqueio de Ativação”, que quando ligado impede que um aparelho perdido ou roubado seja reativado. Agora, o recurso será estendido às peças do iPhone.
Se um aparelho em reparo detectar que um componente compatível foi obtido de outro dispositivo com o Bloqueio de Ativação ou Modo Perdido ativado, o processo será interrompido, impedindo a continuação do procedimento. Portanto, para impedir que seu iPhone tenha peças reutilizadas em caso de roubo ou perda, é preciso ativar o recurso.
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Além disso, é recomendado que os usuários habilitem em seus aparelhos a função “Proteção de Dispositivo Roubado”, anunciado em janeiro. Com ela, caso o ladrão tenha acesso à senha inicial de desbloqueio do iPhone, será preciso o reconhecimento facial (Face ID) para acessar informações sensíveis como senhas e dados da nuvem. O recurso também é exigido para restaurar os padrões de fábrica, usado para “resetar” o aparelho.
A Apple também afirma que possui um método rigoroso para confirmar se uma peça de reparo é original ou não, por meio de sensores biométricos do Face ID (reconhecimento facial) e Touch ID (impressão digital).
Com as mudanças, clientes e centros de serviço não precisarão mais informar o número de série de um aparelho ao solicitar peças para consertos que não envolvem a troca da placa lógica.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado