A CEO da rede social Bluesky, Jay Graber, não sabe a idade mínima para se cadastrar na plataforma. Ela afirmou erroneamente, em entrevista à rádio da emissora britânica BBC, que era necessário ter pelo menos 18 anos para criar uma conta. Na verdade, o mínimo exigido é de 13 anos, conforme a empresa esclareceu depois.
Questionada sobre o processo de inscrição na Bluesky, Jay mencionou que, ao se registrar, seria necessário confirmar a idade do usuário. “Acho que [a idade mínima] é 18 anos ou mais”, disse ela, antes de a plataforma emitir uma correção.
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Um porta-voz da Bluesky esclareceu à BBC: “Você deve ter pelo menos 13 anos para criar uma conta, e qualquer pessoa com menos de 18 anos que use a Bluesky tem configurações adicionais aplicadas para garantir que o conteúdo que eles veem seja seguro para menores.”
Também à emissora britânica, Jay Graber disse que a Bluesky pede aos usuários que informem a data de nascimento durante o cadastro, mas admitiu que não há verificação dessa informação. Segundo ela, a plataforma não exige documentos de identidade, pois isso seria uma prática invasiva e contrária à abordagem da Bluesky em relação à privacidade.
“Acredito que empresas como a nossa gostariam de ter certeza de que estamos lidando com os dados privados dos usuários de forma muito responsável.”
Quanto à moderação de conteúdo, Graber explicou que a Bluesky adota uma combinação de tecnologias automatizadas com o trabalho de moderadores humanos para garantir uma experiência segura e sem abusos.
Em relação às finanças da plataforma, a CEO afirmou que a empresa avalia opções de monetização, inclusive a possibilidade de oferecer assinaturas para usuários que desejam acessar recursos extras. No entanto, não há planos de introduzir publicidade tradicional.
O crescimento da Bluesky nas Américas
A Bluesky é uma criação de Jack Dorsey, cofundador do Twitter/X, e cresceu significativamente nas últimas semanas. De acordo com Jay Graber, a plataforma oferece uma experiência “realmente ótima” aos usuários. “Não há assédio, bots, spam e muitos outros problemas que assolam outras plataformas.”
O número de contas na rede social dobrou desde que Donald Trump foi eleito como novo presidente dos EUA. Isso porque muitos usuários abandonaram a rede social de Elon Musk em protesto ao papel desempenhado pelo bilionário na campanha eleitoral do republicano.
No Brasil, a Bluesky se popularizou durante o bloqueio do Twitter/X no Brasil, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.