A Oura, uma startup finlandesa, se destacou no setor de eletrônicos de consumo com seus inovadores anéis inteligentes e mantém lucratividade, uma exceção em seu ramo. Avaliada em mais de US$ 5 bilhões, a empresa tem tecnologia de ponta.
O anel inteligente da Oura, em sua quarta versão, é utilizado por milhões de pessoas para monitorar a saúde continuamente. Ele oferece uma “pontuação de prontidão” que analisa dados como padrões de sono e níveis de estresse, graças a um vasto conjunto de dados de saúde, com contribuições de 70 mil usuários.
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Celebridades como Jennifer Aniston, Tom Holland, Cristiano Ronaldo e Mark Zuckerberg já foram vistas usando o anel Oura. Fundada em 2013 na cidade de Oulu, na Finlândia, a empresa teve uma arrecadação inicial modesta no Kickstarter, site de investimentos em empresas. Em 2024, conseguiu levantar US$ 200 milhões e alcançou a marca de 2,5 milhões de anéis vendidos até fevereiro.
Com uma equipe global de 700 funcionários, o maior cliente da empresa é o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que utiliza os anéis para monitorar a saúde dos membros do serviço. Durante a pandemia de covid-19, a National Basketball Association (NBA), principal liga de basquete norte-americana, também adotou o dispositivo para prever a probabilidade de contágio entre atletas.
A liderança da Oura é atualmente de Tom Hale, quarto diretor-executivo, que assumiu em 2023. Anteriormente, Petteri Lahtela foi o primeiro CEO, seguido por Harpreet Singh Rai, que impulsionou investimentos significativos.
“Acho que somos talvez favorecidos por ter um foco realmente específico”, disse Hale ao se referir à vantagem competitiva da empresa.
Anéis da Oura
A Oura possui um portfólio forte de patentes, que protege suas inovações contra concorrentes emergentes. Cerca de 55% dos usuários são mulheres, e a empresa foca na saúde feminina, o que inclui o monitoramento do ciclo menstrual.
Oulu, apesar de distante dos grandes centros tecnológicos, tornou-se um polo de startups. A cidade, que já foi um centro de produção de alcatrão e pesca de salmão, transformou-se em um hub tecnológico, em parte graças à Nokia, que ajudou a desenvolver talentos na Finlândia.
Os anéis da empresa oferecem medições únicas, como a “Idade Cardiovascular”, que não estão disponíveis em smartwatches. No mercado de anéis inteligentes, a Oura lidera as vendas, mas enfrenta concorrentes como Ultrahuman e Circular.
Em 2024, 1,8 milhão de anéis inteligentes foram vendidos, o que gerou US$ 500 milhões em receita. Projeções indicam um crescimento constante, com o mercado global podendo alcançar US$ 900 milhões até 2029.
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