Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, disse que a energia solar deve responder por 17% da matriz do Brasil até 2023. A declaração ocorreu nesta quinta-feira, 5.
De acordo com o ministro, as fontes de energia solar são responsáveis por fornecer quase 8% da eletricidade do país. Ou seja: caso a meta seja alcançada, o aumento na proporção será superior a duas vezes.
“No ano passado, a geração distribuída no Brasil foi a quarta em crescimento no mundo, superada apenas por países como Estados Unidos, China e Índia”, disse durante a abertura de um seminário promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. “Eu acho que nós estamos muito bem posicionados.”
O método citado por Albuquerque, geração distribuída, é uma forma de produção de energia feita, em geral, pelos próprios consumidores, segundo a Agência Brasil. Ela ocorre por meio dos painéis solares que podem, por exemplo, ser instalados nos telhados de residências e empresas.
Além disso, o ministro também citou a proporção de energia eólica — aquela com origem no movimento dos ventos — no Brasil: 11%. Albuquerque disse que esse porcentual deve se manter na próxima década.
“A geração eólica cresceu 330% desde 2014”, afirmou. “E é atualmente responsável por mais de 11% da nossa matriz elétrica”.
Energia eólica e solar são consideradas de origem renovável, junto com fontes como biomassa e hidráulica. Atualmente, cerca de metade da matriz energética brasileira é renovável, conforme os dados mais atuais divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Energética. A média mundial listada pela estatal não chega a 15%.