Alguns hospitais dos Estados Unidos já experimentam a inteligência artificial (IA) médica do Google, batizada Med-PaLM 2, para responder questões da área, como em uma consulta, por exemplo. De acordo com a reportagem do jornal norte-americano The Wall Street Journal, publicada no domingo 8, a ferramenta está em fase de testes desde abril deste ano.
Conforme a publicação, um e-mail interno do Google revelou que o novo modelo pode ser útil principalmente em países com “acesso mais limitado a médicos”. A ferramenta de IA foi treinada juntamente com demonstrações médicas selecionadas, para torná-la melhor do que os modelos usados no Bard, Bing e ChatGPT.
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O Med-PaLM 2 é uma variante do modelo de linguagem PaLM 2, anunciado pelo Google em maio, e também usado no Bard. Segundo o jornal, os pacientes vão ter controle sobre os seus dados, que serão criptografados, e o Google não terá acesso a essas informações.
IA médica do Google tem bons resultados, mas ainda não é perfeita
O e-mail relatou que o Med-PaLM 2 apresenta as mesmas imprecisões e informações “não relevantes”, em relação às respostas de outros modelos de linguagem e teve mais erros, se comparado a outros médicos.
Mesmo com imperfeições, o modelo se mostrou muito eficiente em métricas, como argumentação com provas, respostas de acordo com o consenso médico e total compreensão do problema exposto.
De acordo com Greg Corrado, diretor sênior de pesquisa do Google, o Med-PalM 2 ainda está nos estágios iniciais. Em entrevista ao jornal norte-americano, ele admitiu que não gostaria de ver o chat ser usado na jornada de saúde da sua família. No entanto, Corrado acredita que a ferramenta vai colaborar para “expandir as áreas do cuidado com a saúde nas quais a IA pode ser benéfica”.