A IBM anunciou, na última quinta-feira, 16, que suspendeu imediatamente toda a publicidade na plataforma Twitter/X, depois de seus anúncios terem aparecido ao lado de conteúdos nazistas.
De acordo com a empresa, um relatório revelou que seus anúncios estavam sendo veiculados ao lado de conteúdos que promoviam Adolf Hitler e o Partido Nazista da Alemanha.
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O relatório surgiu um dia após o bilionário Elon Musk endossar uma postagem antissemita no Twitter/X, alegando que membros da comunidade judaica estavam incitando ódio contra pessoas brancas.
O grupo de vigilância de mídia Media Matters informou que encontrou anúncios corporativos da IBM, da Apple, da Oracle e da Comcast sendo veiculados ao lado de conteúdo antissemita.
“A IBM tem tolerância zero para discursos de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no Twitter/X, enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a IBM, em comunicado.
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Apesar da decisão da IBM, o Twitter/X informou que seu sistema não coloca intencionalmente anúncios de marcas “ativamente ao lado desse tipo de conteúdo”.
Além disso, a rede social de Elon Musk informou que o conteúdo citado pela Media Matters não poderá mais gerar receita com suas postagens.
O dono do Twitter/X atacou uma Liga que combate o antissemitismo
A CEO do Twitter/X, Linda Yaccarino, comentou o caso.
“Quando se trata desta plataforma, X tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação”, disse Linda. “Não há lugar para isso em lugar nenhum do mundo — é feio e errado. Ponto final.”
Na última quarta-feira, depois de ser questionado por outro usuário sobre criticar todos os judeus, Musk atacou a Liga Anti-Difamação, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para combater o antissemitismo.
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Jonathan Greenblatt, CEO da Liga, respondeu no Twitter/X. “Em um momento em que o antissemitismo está explodindo na América e crescendo ao redor do mundo, é perigosamente imprudente usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse, referindo-se às declarações de Musk.
Em setembro, o Twitter/X relatou um recorde histórico de 550 milhões de usuários mensais ativos. O bilionário Elon Musk comprou a plataforma em 2022.