A Meta Platforms anunciou, nesta quarta-feira, 24, que removeu cerca de 63 mil contas do Facebook, na Nigéria. A suspeita é de que elas se envolviam em esquemas de extorsão sexual, direcionados, principalmente, a homens adultos nos Estados Unidos.
Os fraudadores nigerianos, conhecidos como “Yahoo boys”, são famosos por golpes que vão desde se fazer passar por pessoas em necessidade financeira até fingirem ser príncipes nigerianos oferecendo altos retornos de investimentos.
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A Meta, empresa de Mark Zuckerberg dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que as contas removidas incluíam uma rede coordenada menor de cerca de 2,5 mil contas. Esta quantia estaria ligada a um grupo de aproximadamente 20 indivíduos.
Esquemas de extorsão sexual no Facebook
A investigação da Meta revelou que a maioria das tentativas dos golpistas não teve sucesso. Embora os adultos fossem o alvo principal, houve também tentativas contra menores, as quais foram relatadas ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas nos EUA.
A empresa mencionou ainda que utilizou uma combinação de novos sinais técnicos para ajudar a identificar a extorsão sexual.
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“Elas visavam principalmente homens adultos nos EUA e utilizavam contas falsas para esconder suas identidades”, declarou a Meta.
Nos casos em que a extorsão sexual era bem-sucedida, as vítimas recebiam ameaças. Em troca da não divulgação de fotos comprometedoras, reais ou não, os enganados enviavam dinheiro aos criminosos.
Aumento dos golpes nigerianos
Os golpes nigerianos, conhecidos como “419 scams” em referência ao artigo do código penal nacional que trata de fraudes, têm aumentado à medida que as dificuldades econômicas pioram no país de mais de 200 milhões de habitantes. Os responsáveis operam de dormitórios universitários, subúrbios pobres ou bairros ricos.
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A Meta informou ainda que algumas contas estavam dando dicas sobre como realizar fraudes. “Seus esforços incluíam oferecer scripts e guias para usar em golpes, além de compartilhar links para coleções de fotos a serem usadas na criação de contas falsas”, afirmou a empresa.