Pat Gelsinger renunciou ao cargo de CEO da Intel depois de enfrentar dificuldades para reposicionar a empresa no mercado de semicondutores. Durante sua gestão, as ações da Intel caíram drasticamente, refletindo a perda de terreno para concorrentes no setor de inteligência artificial.
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Gelsinger assumiu a liderança da empresa em fevereiro de 2021, depois de atuar como CEO da VMWare. Ele tinha a tarefa de reverter a situação do gigante tecnológico, que lidava com intensa competição, atrasos na produção e perda de profissionais.
Desafios da Intel diante do mercado de chips
Apesar dos esforços, a Intel não conseguiu recuperar seu domínio no mercado global de chips. A ascensão das tecnologias móveis e da inteligência artificial evidenciou essas dificuldades, com a perda de espaço da companhia para rivais como a Nvidia, cujo valor de mercado hoje é 33 vezes maior que o da concorrente norte-americana.
Com a renúncia de Gelsinger, os co-CEOs interinos David Zinsner e Michelle (MJ) Johnston Holthaus foram designados para liderar a empresa. A Intel está em busca de um novo CEO permanente. Recentemente, a companhia anunciou a demissão de 15% de seus funcionários, com o objetivo de cortar US$ 10 bilhões (R$ 60,6 bilhões, aproximadamente) em custos.
Planos de reestruturação e liderança interina
A empresa revelou que reduziria o subsídio de US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 51,5 bilhões) do governo Biden para a construção de suas instalações de fabricação nos EUA, após atrasos no cronograma de investimentos. Frank Yeary, presidente do conselho independente da Intel, afirmou que a empresa está “comprometida em restaurar a confiança dos investidores”.
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Os novos co-CEOs supervisionarão a transição do modelo de negócios da Intel, que visa a permitir que a empresa fabrique processadores para concorrentes, como a Apple. A Intel busca adaptar-se às novas demandas tecnológicas, especialmente na área de inteligência artificial.
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