Astrônomos da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) usaram o supertelescópio espacial James Webb para captar imagens do exoplaneta HIP 65426 b. O astro, que tem muito mais massa que Júpiter, está localizado a 355 anos-luz de distância. Comparado à Terra, que tem 4,5 bilhões de anos, esse gigante gasoso é um “bebê”: nasceu há 15 ou 20 milhões de anos.
Baby’s first exoplanet capture. 🍼 @NASAWebb took its first direct image of a planet outside of our solar system, roughly six to 12 times the mass of Jupiter.
Peek into future possibilities of studying distant worlds with Webb: https://t.co/4KXMppk66y pic.twitter.com/scShr42E87
— NASA (@NASA) September 1, 2022
Observar um corpo celeste tão distante é fundamental para estudar a evolução planetária em outras regiões do universo. “É um momento transformador — não apenas para o James Webb, mas também para toda a astronomia”, afirmou o astrônomo Sasha Hinkley, líder da equipe que descobriu o exoplaneta.
O HIP 65426 b tem entre seis e 12 vezes mais massa que Júpiter e está a uma distância de 100 unidades astronômicas de sua estrela-mãe. Isso equivale a cem vezes a distância da Terra ao Sol. É tão longe que demoraria 630 anos para completar seu período orbital.
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Detectar um planeta fora do sistema solar é uma missão desafiante para os astrônomos, visto que as estrelas são muito mais brilhantes que os planetas que as orbitam. Para conseguir observá-los, é preciso utilizar o coronógrafo (um instrumento acoplado ao telescópio que tem a função de tapar o brilho da estrela na imagem, o que permite ver os planetas que a orbitam).
“É realmente impressionante quão bem os coronógrafos do James Webb conseguiram suprimir a luz da estrela hospedeira”, disse Sasha.