Em entrevista ao Oeste Negócios da última segunda-feira, 13, o CEO da Condor, Alexandre Wiggers, afirmou que a empresa teve a energia cortada durante a Segunda Guerra Mundial, ainda no começo da década de 1940. Como solução, o fundador, Augusto Emílio Klimmek, construiu um gerador a partir de um caminhão Ford.
“Foi uma época bastante desafiadora para o negócio”, explicou Wiggers. “Eles tiveram a energia da operação cortada naquele momento, e a fábrica, teoricamente, não conseguiria mais produzir por um período. O fundador, muito hábil e engenheiro de mão cheia, acabou criando um gerador a partir de um caminhão Ford para poder tocar a operação na fábrica.”
A companhia brasileira, criada pelo imigrante alemão Klimmek, vende materiais de limpeza, beleza e de pintura, como vassouras, escovas e pincéis. A marca, embora brasileira, sofreu retaliações por causa da origem do fundador, uma vez que a Alemanha antagonizava as batalhas com os aliados.
O executivo afirmou que a criatividade e a competência do empreendedor permitiu que as atividades da Condor continuassem ativas naquele momento de crise.
Além do corte de energia durante a Segunda Guerra Mundial, a Condor também teve de lidar com restrições de importações. A marca, que comprava matéria-prima do Japão, se viu pressionada a produzir novos insumos para substituir o material asiático.
Wiggers confirmou que se tratava de uma tentativa de asfixia financeira por causa da origem alemã de Klimmek.
A Segunda Guerra Mundial e a pandemia de covid-19
Alexandre Wiggers também relatou que a pandemia, assim como a Segunda Guerra Mundial, foi um dos maiores momentos de crise na história da Condor.
“Foge das questões econômicas, foge das questões legais, de inflação, de juros… por uma questão de saúde e de como você trata esse tema para manter o negócio operando”, explicou o executivo. “Passamos por um momento inicial muito difícil. Muita incerteza.”
Embora tenha vivenciado uma crise mundial sem precedentes, Wiggers disse que a empresa já contava com um comitê de crise para resolver problemas de alto escalão. Segundo o CEO, o elenco já havia operado durante a paralisação dos caminhoneiros em 2015.
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“Quando tem um tema mais relevante, aciono o comitê de crise, onde estão todos os liderados que ficam abaixo da presidência”, explicou o executivo. “A pandemia foi um tema extremamente relevante, em que nosso comitê de crise fazia uma reunião de manhã, às 7h30, e outra às 19h30, todos os dias, para entender o que estava acontecendo.”
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