Em 7 de setembro de 2016, o Maracanã foi palco da abertura dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro. Com o lema “Todo mundo tem um coração”, a cerimônia contou com momentos marcantes, como um cadeirante realizando um mortal em uma megarrampa.
A abertura também contou com a musa paralímpica dançando com um robô e um quebra-cabeças que formava um coração pulsante. A direção criativa ficou a cargo de Marcelo Rubens Paiva, Fred Gelli e Vik Muniz.
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As 159 delegações participantes entraram no estádio com o nome de seu país em uma peça de quebra-cabeças, que exibia fotos de atletas paralímpicos. A obra foi montada ao vivo por Vik Muniz, que, no fim, encaixou a última peça. O artista brasileiro completou a imagem de um coração pulsante. A delegação brasileira foi a última a entrar, ao som de O Homem Falou, de Gonzaguinha.
Clodoaldo Silva, conhecido como Tubarão Paralímpico, com 13 medalhas em sua carreira na natação, entrou com a tocha paralímpica. Ao encontrar uma escada aparentemente intransponível, esta se transformou em uma rampa, conduzindo-o até a pira Paralímpica. Os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro incluíram 20 modalidades esportivas, com a estreia da canoagem e do paratriatlo.
Jogos Paralímpicos na América Latina
Os jogos se encerraram em 18 de setembro, sendo a primeira vez que o evento foi realizado na América do Sul, na América Latina e em um país lusófono.
O evento contou com mais de 4,3 mil atletas competindo em 22 modalidades esportivas, que variaram desde atletismo e natação até o recém-incluído paratriatlo e canoagem.
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O Brasil terminou em oitavo lugar no quadro geral de medalhas, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, com um total de 72 medalhas. Destaque para o nadador Daniel Dias, que se consolidou como um dos maiores atletas paralímpicos da história, conquistando nove medalhas em provas de natação.
A infraestrutura e a organização dos Jogos contou com o Parque Olímpico da Barra, onde foi o principal palco das competições.
Expulsão de atletas da Paralimpíada
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) expulsou os atletas russos do Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. O IPC tomou a decisão em agosto de 2016, poucos dias antes do início dos Jogos, como resposta a um esquema de doping estatal que envolvia o governo russo.
O IPC baseou a decisão no relatório McLaren, encomendado pela Agência Mundial Antidoping, que revelou a existência de um sistema organizado de doping na Rússia, encoberto pelo governo.
A acusação envolvia atletas de diversas modalidades, o que inclui os paralímpicos. O relatório detalhou como amostras de urina foram manipuladas para ocultar resultados positivos de doping, comprometendo a integridade dos atletas nos esportes.
Na época, o Comitê Paralímpico Internacional, liderado por Sir Philip Craven, decidiu banir toda a delegação russa dos Jogos Paralímpicos de 2016. O COI expulsou mais de 260 atletas, que haviam se preparado para competir no Rio.
A reação à expulsão foi mista. Enquanto muitos países e organizações antidoping apoiaram a decisão, a Rússia reagiu com indignação. Autoridades russas classificaram a decisão como injusta e politicamente motivada. A delação russa afirmou que muitos atletas paralímpicos russos eram inocentes e que deveriam ter tido a oportunidade de competir.