O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) concedeu liberdade ao empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), preso pela Polícia Federal (PF) em Boa Vista com R$ 500 mil em espécie, com parte do dinheiro escondida na cueca. A decisão é da última terça-feira, 10.
Lima foi preso em flagrante pela PF na última segunda-feira, 9, por suspeita de compra de votos e associação criminosa armada. Uma advogada, dois policiais militares que faziam a segurança pessoal do empresário e outras duas pessoas presas com Lima também foram liberadas.
A suspeita é que o valor apreendido com o grupo fosse usado para a compra de votos. Segundo a PF, dois veículos foram abordados e, durante a revista, foram encontrados o valor em espécie, material de campanha e documentos que confirmariam o destino do dinheiro.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a prisão de Lima ou que fosse aplicada multa de R$ 60 mil pela gravidade do caso, mas o pedido não foi aceito pela Justiça.
O grupo foi ouvido em audiência de custódia na 1ª Zona Eleitoral, em Boa Vista, no mesmo dia em que foi liberado. O juiz Breno Jorge Coutinho concedeu liberdade aos detidos por entender que ela não atrapalharia as investigações pela PF.
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Deputada e corregedoria da PM se manifestam
Ainda na segunda-feira, a deputada Helena, esposa do empresário, publicou um post nas redes sociais em que nega que o dinheiro seria usado para compra de votos: “Acreditar que movimentar o próprio dinheiro é sinônimo de compra de votos é pura ignorância Agora, devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava”.
A Polícia Militar de Roraima disse que a corregedoria acompanha o caso e afirmou que os militares presos estavam fora do horário de serviço, acrescentando que condutas que comprometam a confiança e o respeito da população na corporação “não serão toleradas”.
Medidas alternativas à prisão do empresário pego com dinheiro na cueca
O magistrado, porém, determinou toque de recolher ao empresário, proibindo que ele esteja na rua das 18h às 8h, e a obrigação de comparecer a cada dois meses em juízo ou sempre que intimado. Ele também terá de informar à Justiça viagens de mais de oito dias e não poderá fazer viagens internacionais sem prévia autorização.
Lima é proprietário da Asatur, empresa de ônibus municipal, e da Voare, de táxi aéreo, que tem prestado serviços ao Ministério da Saúde com voos para atendimento médico à Terra Indígena Yanomami.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
Todo tipo de delito, com exceção ao ataque ao estado democrático de direito, o investigado é liberado e tudo que o sujeito carrega é devolvido…essa é a norma.
se é um cidadão comum uma hora dessa estaria na policia Federal dando explicação aonde ele arrumou esse dinheiro , mas como é marido de uma deputada foi solto no mesmo dia , talvez pra ele arrumar mais 500 mil. nossa justiça é Maravilhosa é Super Competente
Não sei por que essa perseguição com gente que está transportando 500 mil na campanha e mais alguns santinhos. Por que não vão investigar Damares, Silvia Waiãpi, Cleitinho, Girão, Magno Malta, que são políticos que estão envolvidos com roubo de dinheiro público?
Todos esses nomes que você citou não estão envolvidos em roubo nenhum e você sabe disso. Se você está “do lado certo da história”, por que precisa mentir?