O agronegócio do Brasil bateu recorde de abates de suínos no segundo trimestre. Ao todo, foram 14 milhões de cabeças, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão faz o levantamento desde 1997.
A instituição divulgou os dados nesta terça-feira, 6. O resultado representa um aumento de 7% sobre igual período de 2021 e 3% sobre o primeiro trimestre de 2022.
Segundo Bernardo Viscardi, supervisor de indicadores pecuários do IBGE, “a proteína suína é um substituto em relação à carne bovina, que teve seu consumo reduzido por conta da elevação dos preços, observada desde 2020”. Ele comentou ainda que cerca de 80% de toda a produção do segundo trimestre ficou no mercado interno.
“Nos últimos anos, as exportações estavam em alta, principalmente por conta da China”, disse Viscardi. “Depois do controle da peste suína africana e a reposição do rebanho chinês, as exportações sofreram considerável redução. Outros destinos aumentaram as importações, mas não conseguiram compensar o arrefecimento da demanda chinesa.”
Ao longo de 2022, o agronegócio do Brasil deve produzir quase 5 milhões de toneladas de carne suína. Cerca de 80% desse volume será consumido pelo mercado interno, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento. Desse modo, o consumo nacional estimado ficou próximo de 20 quilos por habitante.
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