Agricultores planejam bloquear Paris com tratores neste domingo, 5, depois do chamado de um dos principais sindicatos agrícolas da França.
Embora tenham uma reunião marcada com o primeiro-ministro, François Bayrou, para 13 de janeiro, os produtores consideram o encontro “tarde demais” diante da urgência de suas demandas.
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Os manifestantes, conhecidos por usarem chapéus amarelos, ameaçam fechar os acessos à capital francesa em um dia de trânsito intenso, especialmente pelo retorno das férias de Natal.
Autoridades de segurança em Paris e Val-de-Marne emitiram uma proibição para “todas as reuniões não declaradas” no centro de Paris e nas proximidades do mercado de Rungis, um dos maiores do país, das 18h deste domingo até 12h de segunda-feira, 6, horário local.
A classe agrícola da França cobra a aplicação de medidas que têm sido adiadas devido à instabilidade política, gerada pela dissolução da Assembleia Nacional e pela posterior censura ao governo do ex-primeiro-ministro Michel Barnier.
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Acordo com Mercosul é preocupação para agricultores
Entre as exigências dos sindicatos, estão o fim do excesso de regulamentações locais e maior controle sobre importações.
Os agricultores também expressam preocupação com o acordo de livre comércio do Mercosul, firmado entre a União Europeia e cinco países latino-americanos, incluindo Brasil e Argentina.
A França tem resistido aos termos atuais desse pacto, que ainda precisa ser ratificado antes de entrar em vigor. O presidente do país, Emmanuel Macron, já classificou o acordo como “inaceitável em sua forma atual”, e apontou possíveis prejuízos à agricultura e ao meio ambiente.
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A mobilização agrícola antecede o início oficial, na terça-feira, 7, da campanha eleitoral para as câmaras de agricultura. A votação, prevista para a segunda quinzena de janeiro, vai definir o novo equilíbrio de forças entre os sindicatos.
Problema de Paris
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