A receita com as exportações do agronegócio brasileiro fecharam julho em nível recorde. Foram US$14,4 bilhões, entre produtos processados e in natura.
O faturamento com os embarques dos produtos processados do setor fechou próximo de US$ 7,7 bilhões. Ou seja: a cifra correspondeu à maior parte da receita com as exportações do agronegócio brasileiro.
Destaques
O complexo da soja, conforme os dados do Ministério da agricultura, ocupou um papel de destaque. As vendas nesse segmento renderam US$ 6 bilhões. Outro recorde, o valor é o mais expressivo para o setor. Foram quase US$ 5 bilhões com as vendas do grão, US$ 1 bilhão com os embarques do farelo e US$ 250 milhões com o comércio do óleo.
Além de ser o maior produtor e exportador de grãos de soja no mundo, o Brasil deve liderar o comércio internacional de farelo em 2023. Isso não ocorria desde a safra de 1997.
Parte desse cenário se deve à estimativa de 155 milhões de toneladas para a safra de 2023, um recorde que impulsiona a moagem no país. Contudo, o mau tempo na Argentina contribuiu para o segmento nacional de farelos.
Apesar de terem uma produção do grão menor, em comparação ao Brasil, os argentinos seguiram como os principais fornecedores do farelo ao mercado externo até 2022. Porém, a seca Argentina de 2022 derrubou pela metade a colheita local do grão, e reduziu a disponibilidade de matéria-prima para o farelo.
Outro segmento que merece destaque foi o sucroalcooleiro. Nesse ramo, os principais produtos são o açúcar e o álcool, que geraram US$ 1,7 bilhão com o comércio internacional. A cifra representa um crescimento de 30% — a maior expansão entre as receitas bilionárias do mês.
Exportações acumuladas do agronegócio brasileiro
De janeiro a julho de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro geraram US$ 97 bilhões em receitas, mais uma quantia recorde. Até o momento, cerca de 220 destinos internacionais receberam as exportações do agronegócio brasileiro, em 2023.