Entre janeiro e agosto de 2023, a Argentina faturou US$ 350 milhões com as vendas de leite e seus derivados ao Brasil. A cifra é 60% maior que a receita no mesmo período do ano anterior.
Entre os lácteos da Argentina, o leite em pó aparece com a maior cifra nas vendas para o Brasil. Foram US$ 220 milhões somente com o comércio desse produto nos primeiros oito meses de 2023. Um ano antes, o número havia fechado em US$ 117 milhões, de acordo com os dados do governo federal.
A expansão da receita com o comércio dos lácteos aconteceu graças ao aumento da quantidade embarcada. O preço por tonelada em dólares embarcada pelos argentinos, por sua vez, caiu.
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Ao todo, os laticínios argentinos exportaram 87 mil toneladas ao mercado brasileiro, de janeiro a agosto de 2023. Essa quantidade é 70% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Em 2023, cada tonelada embarcada saiu pelo preço médio de praticamente US$ 4 mil. Um ano antes, a cifra estava em US$ 4,26 mil. Ou seja: no período, houve a queda de 7% no valor.
No caso do leite em pó, a quantidade vendida dobrou. O número subiu de 28 milhões de quilogramas para 56 milhões de quilogramas. O preço médio caiu de US$ 4,15 mil por tonelada para US$ 3,9 mil por tonelada.
Produção argentina de leite
De acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a safra leiteira dos argentinos deve fechar em 12 milhões de toneladas em 2022. A produção local é a décima maior do planeta.
Existem 1,5 milhão de vacas produzindo leite nas pastagens da Argentina, segundo o USDA. O rebanho também é o décimo maior no planeta.
Os norte-americanos estimam que a Argentina exporte 188 mil toneladas de leite em pó ao longo de 2022, entre o produto integral e desnatado.