Em meio a uma das maiores secas de sua história, a Argentina perdeu metade de todo o rendimento com as exportações agrícolas. O faturamento desse segmento de janeiro a outubro de 2023 fechou em US$ 17,5 bilhões — cifra cerca de 50% menor que em igual período de 2022.
Os dados são da Câmara da Indústria de Óleo da República Argentina e Centro Exportador de Cereais. Assim como no Brasil, o agronegócio argentino é um dos grandes produtores de grãos do planeta.
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Contudo, a safra local foi afetada pela falta de chuvas nas principais regiões produtoras. O problema levou à queda histórica tanto da área plantada quanto da produtividade.
Produção desastrosa
O rendimento médio da safra de soja, por exemplo, fechou em cerca de 1,8 tonelada por hectare. Trata-se do pior resultado em 15 anos. Os dados são da Bolsa Comercial de Rosário — um dos principais balcões de negócios argentinos.
A safra de 2023 fechou em torno de 25 milhões de toneladas, segundo os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Assim, houve a queda de cerca de 50% da colheita, em comparação ao ciclo anterior.
Rebaixamento no ranking da produção
Na esteira do mau resultado, o agronegócio da Argentina perdeu o posto de maior produtor de farelo de soja do planeta, posição que ocupava desde 1997. Em seu lugar, os produtores brasileiros assumiram a dianteira do setor, com o volume dos embarques estimados em quase 22 milhões de toneladas, conforme os números da Companhia Nacional de Abastecimento.
Argentina e as exportações agrícolas de outubro
No mês de outubro de 2023, a Argentina faturou por volta de US$ 750 milhões com exportações agrícolas. O resultado representa uma queda de 39% sobre o mesmo intervalo em 2022. Ou seja: a tendência de queda na receita do setor com o mercado externo se manteve.
Viva o socialismo!! ????????????????????