A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira considera adequada a resposta do Brasil aos casos de gripe aviária no território nacional. O órgão é uma instituição focada nas relações comercias com algumas nações que estão entre as maiores importadoras de carne de frango brasileira.
O Brasil teve seus primeiros casos confirmados de gripe aviária em maio. De acordo com o secretário-geral da Câmara, Tamer Mansour, a condução dada pelo setor tem sido clara, transparente e organizada. “Razão pela qual até o momento a doença não atingiu criações comerciais que abastecem os mercados interno e externo”, comenta o órgão.
“Nenhum país árabe solicitou uma consulta formal ou oficial sobre o acontecimento”, comentou o secretário-geral. De acordo com Mansour, “os países árabes estão se posicionando no sentido de monitorar a situação”.
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Mansour tem acompanhado a condução dos casos da doença a pedido dos países que formam a câmara. São 22 nações: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Argélia, Barein, Marrocos, Omã, Iraque, Catar, Jordânia, Iêmen, Líbia, Tunísia, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Sudão, Somália, Palestina, Djibuti, Síria e Comores.
Em conjunto, essas mesmas nações compraram US$ 3,2 bilhões em carne de frango brasileira ao longo de 2022. Desse modo, eles responderam por cerca de 25% do faturamento total do setor no período.
Brasil e a gripe aviária
No mês de maio, o país registrou os primeiros casos doença. Contudo, todos eles ocorreram em aves migratórias. Ou seja: as notificações não afetaram a indústria nacional. Até o momento são 24 focos. O Espírito Santo concentra o maior número: 17. Na sequência, aparece o Rio de Janeiro (7), seguido de gaúchos e paulistas, com um cada.
Humanos e a doença
A ingestão de carnes e ovos não transmite a doença para humanos. O homem adquire a gripe aviária por meio do contato com aves infectadas ou com os excrementos dela. Por esse motivo, o contágio dos humanos geralmente ocorre com aqueles que lidam com as criações sem os devidos cuidados — e a contaminação é rara. Ainda assim, ela preocupa, porque metade dos doentes morre.