Brasil deve se tornar maior exportador de farelo de soja do planeta

O Brasil deve superar a Argentina no mercado global de exportações de farelo de soja na safra de 2023. Com o resultado, os brasileiros se tornarão os maiores fornecedores desse produto para o mercado internacional. Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Pelas previsões norte-americanas, o Brasil vai exportar 21,5 milhões de toneladas de farelo de soja em 2023. Assim, o volume embarcado deve crescer 6% sobre a quantidade de 2022. Ao mesmo tempo, o departamento dos EUA estima uma queda de 20% nos envios argentinos para o mercado externo.

A melhora para os agricultores brasileiros ocorre em meio à safra nacional recorde para cultura. A alta elevou a produção nacional do farelo para 41 milhões de toneladas (4% mais, em comparação ao ciclo anterior).

Na Argentina, por outro lado, uma seca severa prejudicou a colheita do ciclo em curso. Em meio à queda, o país viu diminuírem as previsões para o processamento do grão ao menor nível em 18 temporadas. Com a redução, a previsão caiu de 30 milhões de toneladas para 21,4 milhões de toneladas.

O Brasil e o consumo de farelo de soja

Além de ser uma grande fornecedora, a indústria do Brasil está entre os maiores consumidores de farelo de soja do planeta. Contudo, a produção nacional faz frente à demanda interna. O grande motor do mercado brasileiro é a criação de animais.

O país figura, por exemplo, entre os maiores criadores de frango e porco do mundo. A nutrição desses animais nas granjas comerciais se dá, principalmente, por esse alimento. Além disso, ele também é usado como ração bovina – e a pecuária local mantém o maior rebanho comercial desse tipo no planeta. Assim, a demanda interna do Brasil se torna elevada, impulsionando o consumo interno à cerca da metade de toda a produção nacional de farelo de soja.