Brasil é o 4º maior produtor mundial de tilápia

Nem todos os peixes que estão nas mesas dos brasileiros vieram da pesca no mar ou em rios e lagoas. A maior parte deles é de criações controladas. A tilápia é o destaque do setor no país — e a piscicultura do Brasil responde pela quarta maior produção dessa espécie em todo o planeta.

Piscicultura é a técnica de criar peixes e mariscos — em vez de esperar eles surgirem espontaneamente na natureza. É igual as outras criações do agro, como as de frangos, porcos, bois, carneiros etc. Há ração, monitoramento da temperatura, veterinários especialistas, produtores de alevinos (os filhotes) e criadores com foco na engorda. A diferença é que o bicho fica dentro da água.

Os criadores do Brasil produziram quase 600 mil toneladas de tilápia em 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR). Os maiores produtores são China e Índia (empatados 1,6 milhão de toneladas cada um), seguidos do Egito — na terceira posição, com 1,1 milhão de toneladas. Ao mesmo tempo, o volume global é estimado em 6,7 milhões de toneladas.

Tilápia no Brasil

Quase toda a oferta nacional desse peixe se destina ao mercado interno. Desse modo: a média fica próxima de 3 kg para cada brasileiro.

O Paraná é o maior fornecedor — com 209 mil toneladas, os criadores do Estado responderam por 36% da produção nacional de 2023. Na segunda posição aparece São Paulo (75 mil), seguido de Minas Gerais (58 mil toneladas). Em conjunto, os três Estados geram 60% do volume brasileiro, conforme os dados da PeixeBR.

A produção do país, porém, é mais que uma única espécie — mesmo ela sendo majoritária.

Em 2023, a piscicultura brasileira produziu quase 900 mil toneladas de peixes. Ou seja: os criadores de tilápia foram responsáveis por 65% da oferta gerada no Brasil — o restante veio das espécies nativas (30%) e da soma da produção de carpa, truta e pangasius (5%).