No primeiro semestre de 2021, o Brasil exportou 808 mil toneladas de carne bovina processada e in natura. A quantia equivale a um hambúrguer de 100 gramas por habitante do planeta. Em junho, as exportações da proteína cresceram 9,7% na comparação com o volume embarcado em maio. No período, foram enviadas ao exterior 164 mil toneladas do produto ante o mês anterior, informou nesta terça-feira, 6, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior.
Em relação à receita, a alta mensal foi de 15,2%, o que indica avanço de US$ 725,2 milhões para US$ 835,1 milhões.
Apesar da evolução mês a mês, na comparação anual, o volume foi 6,7% menor. Mas, em faturamento, houve alta de 12,5% diante dos US$ 742 milhões recebidos em junho do ano passado.
China na liderança
Segundo a Abiec, as vendas da proteína para a China foram as maiores do ano em volume e receita, e os chineses seguem como os maiores compradores da carne bovina brasileira. Nos primeiros seis meses do ano, Pequim absorveu cerca de 59% da produção nacional, o que representa três hambúrgueres de mesmo peso para cada habitante do gigante asiático.
Só no mês passado, as vendas para a China foram as maiores do ano, totalizando 81,95 mil toneladas, com receita de US$ 441,1 milhões. De maio para junho, o volume enviado ao país asiático cresceu 21,4% e a receita foi 28,5%.
O envio de carne bovina brasileira mundo afora nos primeiros seis meses deste ano rendeu US$ 4,08 bilhões, valor 4,4% maior que os US$ 3,91 bilhões em igual período de 2020 — o volume vendido para outras nações, entretanto, diminuiu 3,2%.
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