De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil é o país que mais vai exportar farelo de soja em 2023. Essa posição se deu na esteira da redução da safra argentina e colheita brasileira recorde do grão.
“O Brasil deverá manter elevadas as exportações de farelo de soja nesta temporada, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto com o escoamento de 21,8 milhões de toneladas”, informa a Conab. O resultado previsto corresponde ao acréscimo de 50% sobre o ano anterior.
Desde 1997, a Argentina se mantinha como líder mundial da produção de farelo de soja. Contudo, uma seca sem precedentes derrubou a safra do grão no país pela metade. Ao mesmo tempo, a colheita brasileira prevista para este deve fechar como a maior já registrada na história.
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O resultado estimado para os agricultores argentinos deve fechar em cerca de 20 milhões de toneladas. No Paraná, que tem a segunda maior safra da cultura no Brasil, a colheita deve fechar em 22 milhões de toneladas. Ao todo, a quantidade do grão gerada nas lavouras nacionais é projetada em 154 milhões de toneladas.
O cultivo desse grão no país ganhou espaço graças ao desenvolvimento das técnicas que permitiram o cultivo no bioma cerrado. Isso ocorreu em razão da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e os agricultores locais, um trabalho que envolve muita ciência e tecnologia e perdura por 50 anos.
Farelo de soja, uma fonte de nutrição
Um dos principais usos do farelo de soja se dá para a nutrição de animais. Ele se aplica à engorda de aves, suínos e bovinos — os principais ramos que fornecem proteína para a população humana. Não por acaso, o Brasil é hoje o maior exportador de carne de frango do planeta e um dos países que garantem a segurança alimentar da humanidade.