O prejuízo deu espaço ao lucro no caixa da BRF. O gigante do agro fechou com as contas no azul pelo segundo trimestre seguido de 2024. Diferentemente de 2023, quando a companhia passou quase todo o ano no vermelho.
De acordo com o relatório publicado na quarta-feira, 14, as operações fecharam com lucro líquido de R$ 1 bilhão — no início de 2024, a BRF reportou ganhos de R$ 594 milhões. A companhia fechou todos os três primeiros trimestres de 2023 no prejuízo. Naquele ano, o lucro veio somente nas operações de outubro a dezembro: R$ 754 milhões.
De onde vem o lucro da BRF?
Entre abril e junho, a empresa vendeu 1,3 milhão de toneladas de produtos, faturando, por isso, quase R$ 15 bilhões. Um ano antes, a receitas foi de R$ 12,2 bilhões, e o volume das vendas trimestrais fechou em 1,2 milhão de toneladas.
A companhia divide a caixa das operações em três segmentos diferentes: Brasil, Internacional e outros. A participação deles na receita é de 46%, 49%, e 5%, respectivamente. Assim, as operações no comércio exterior tiveram a maior participação no resultado.
Ao redor do mundo
Além das operações do Brasil, a BRF obtém lucro com vendas em outros países da América Latina, Ásia, Europa e África. A lista inclui lugares como Oriente Médio, a China, África do Sul, Áustria Turquia, Chile, Argentina e Paraguai.
Um de seus principais mercados é formado pelas nações do Golfo Pérsico, onde a Sadia, umas das marcas do gigante, ocupa o primeiro lugar nas pesquisas de preferência do consumidor no mercado de carne de aves. A preponderância da BRF nessa parte do planeta atraiu investimentos da família real que governa a Arábia Saudita em suas operações. Atualmente, o fundo soberano controlado por eles possui 11% das ações da companhia. Contudo, o maior acionista é a Marfrig Global Foods (50,5%) — o grupo é reconhecido pela atuação no mercado de bovinos.