O clima quente e seco reduziu a oferta de suco de laranja dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Queda na produção regional chegou a 5%. A área é a maior produtora da bebida e da fruta no Brasil — e no mundo.
De acordo com CirtusBR, é a quarta safra seguida com “baixa produção”. A organização representa os maiores fabricantes do suco — companhias responsáveis por 90% da laranja processada na região. Em comunicado publicado na quinta-feira, a instituição informa que trabalha com a estimativa de colheita ainda menor em 2025.
“O principal fator para essa redução é o menor tamanho das frutas”, explica CitrusBR. De acordo com o texto, essa característica ocorreu em razão de fatores como as altas temperaturas e a falta de chuvas — “São 31% menores do que
o previsto nos primeiros meses da colheita”.
Os gráficos da instituição mostram a queda de 54% no volume de chuvas, comparando o intervalo de maio e agosto de 2024 com os meses em 2023. O período é o principal para a safra da cultura.
“Além disso, tanto o outono quanto o inverno apresentaram temperaturas acima da média, o que aumentou a evapotranspiração e agravou as condições de seca”, informa. Ou seja: as plantas transpiraram mais — isso reduziu a retenção de líquido na fruta.
Produção de suco de laranja no Brasil
Por volta de 72% de toda a produção de suco de laranja do planeta acontece no Brasil. O país exporta quase todo o volume para o mercado externo. São Paulo e Minas Gerais respondem por 97% dos embarques.
O PREÇO DO SUCO JA DISPAROU NO SUPERMERCADO. É A LEI DA OFERTA E PROCURA.