Os preços da carne de frango subiram na semana passada. A informação é fruto de um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).
“O cenário é resultado do aquecimento da demanda, uma vez que, com o pagamento dos salários de parte da população brasileira, as vendas se elevaram, e os vendedores puderam aumentar os preços pedidos pela proteína”, informa o Cepea. “Para o frango vivo, os produtores aproveitaram a boa liquidez da carne para também elevar as cotações do animal.”
A carne de frango é, atualmente, a proteína animal mais consumida no país. A Companhia Nacional do Abastecimento estima que o mercado interno consuma 11 bilhões de toneladas desse alimento em 2023. Essa quantidade corresponde a 51 quilogramas por brasileiro.
Produção de carne de frango do Brasil
Ao longo de 2023, o Brasil vai produzir 15,5 milhões de toneladas desse alimento, segundo o governo federal, ou seja, 2,5% mais que em 2022. A maior parte desse volume (71%) vai para o mercado interno e o restante vai para o mercado externo, fazendo do país o maior exportador global do setor.
O setor de aves também gera riquezas fora do campo. Além de servir de alimento na mesa do brasileiro, movimentando supermercados e açougues em todo o planeta, essas aves também incrementam segmento de comidas prontas. Redes de fast-food, como KFC e Popeyes, operam graças aos avicultores. E não somente elas.
Os lanches com a ave do McDonald‘s, do Burger King e de qualquer outra lanchonete do país precisam do frango para ter a matéria básica de seu produto: a carne. E o mesmo acontece com pizzarias, restaurantes, bares e até carrinhos de rua. Todos eles estão inseridos em uma cadeia de produção diretamente ligada ao que acontece no campo.