Em 2023, a China se tornou o principal comprador do milho do Brasil no mercado externo. Foram 16 milhões de toneladas — ou seja: 28% dos embarques do grão brasileiro realizados ao longo do ano.
Antes de 2022, as compras chinesas estavam na casa dos milhares de toneladas. A quebra da barreira do milhão ocorreu graças a um acordo para facilitar a entrada do grão brasileiro no mercado chinês.
A China retirou algumas exigências sanitárias para a entrada do milho do Brasil no início de 2022. A medida visava reduzir a dependência chinesa dos Estados Unidos.
Como resultado, as exportações para o gigante asiático aceleraram abruptamente. Os embarques daquele período resultaram em 1,2 milhão de toneladas. Antes, a média anual era de 67 mil toneladas, considerando os dez anos anteriores.
Recorde atrás de recorde para o milho do Brasil
Na esteira do impulso chinês, o agronegócio brasileiro quebrou o recorde de exportação desse grão, com os embarques de 2023 fechando em quase 56 milhões de toneladas. O número representa um crescimento de 30% sobre os 43 milhões de toneladas do ano anterior — o maior resultado até então.
Além disso, os 16 milhões toneladas comprados pela China em 2023 são a maior quantidade de milho do Brasil já importada por um único país dentro do mesmo ano. Anteriormente, o Irã ocupava esse posto, graças às compras de 6,5 milhões de toneladas em 2022.
Como resultado, o faturamento do setor com o mercado externo em 2023 fechou com a cifra recorde de US$ 13,6 bilhões — um crescimento de 11% sobre o ano anterior.
Lá, tem muita galinha pra pouco milho.