São Paulo é geralmente lembrada por prédios, a aglomeração e muito asfalto — é quase impensável imaginar a roça em meio à selva de pedras da capital. Porém, a maior cidade do país ainda tem algumas plantações e criações de animais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os agricultores paulistanos cultivam 12 tipos de lavouras diferentes. Além disso, 2,5 mil são suínos criados no município — uma das grandes curiosidades da roça local.
Entre as 12 lavouras, o cultivo se estende por quase 150 hectares. A área equivale a 210 vezes o gramado do Pacaembu, o mais tradicional campo de futebol da capital.
São Paulo e o valor da roça
O IBGE avalia a safra da agricultura paulistana de 2022 em R$ 5,5 milhões. O grande destaque é a produção de bananas — por volta de R$ 2 milhões. Na segunda posição, aparece o plantio de tomate (R$ 1,7 milhão), seguido do de cana-de-açúcar. Na sequência estão: milho, laranja, mandioca, batata-doce, feijão, caqui, café, ervilha e limão.
É verdade que a cifra é uma fração frente aos R$ 830 bilhões mensurados para a produção de todo o território nacional. Mas é sempre bom lembrar que São Paulo não é famosa pela roça — mesmo que a zona rural do município não seja exatamente pequena.
A prefeitura estima que a área rural se estenda por um terço do município de São Paulo. Porém, não há fazendas extensas na capital. Essa porção de terra está fragmentada e envolve cerca de 3 mil hectares — 200 vezes mais que a área ocupada pelo plantio agrícola.
“Resultante de intensos processos econômicos e sociais que atuam na metrópole há décadas, o rural paulistano é um território complexo, descontínuo, pontuado por núcleos urbanos esparsos e constituído por um mosaico de unidades de conservação, chácaras, áreas de cultivo de hortaliças, plantas ornamentais e frutas”, informa a prefeitura.