Sabia que o “cocô” marinho pode ajudar no combate ao câncer? Conhecido por sua aparência, o pepino-do-mar é um animal que pode parecer fezes humanas, mas também tem potencial para ser a chave na luta contra a doença.
+ Leia mais notícias sobre Agronegócio em Oeste
Cientistas da Universidade das Filipinas descobriram que esse pequeno animal possui compostos em seu corpo que mostraram ser capazes de matar células cancerígenas do fígado humano. Os testes iniciais foram realizados em laboratório.
Além disso, os pepinos-do-mar também possuem características químicas que podem auxiliar na recuperação de neurônios que ajudam as pessoas a se recuperarem de lesões traumáticas no cérebro e na medula espinhal.
Leia também: “O que é o buraco gigante que surgiu no Sol?”
Porém, antes que esses compostos possam ser transformados em tratamentos para as pessoas, os cientistas precisarão extrair dos pepinos-do-mar e testar em animais.
Pepino-do-mar é consumido na Ásia
Muito antes dos cientistas identificarem potenciais anticancerígenos, moradores no leste e sudeste da Ásia se alimentam do animal, seja por gosto culinário ou por supostos benefícios à saúde.
Eles são consumidos especialmente na China e no Japão, onde há aquicultura de algumas das mais de mil variedades da espécie.
Leia mais: “Imagens mostram demônio do mar caminhando no oceano”
Esses pequenos e estranhos animais são considerados “fábricas de nutrientes” por serem ricos em proteínas e compostos orgânicos complexos. Esses benefícios encarecem, e muito, o valor do prato.
A espécie mais barata pode ser adquirida por “apenas” US$ 120 a cada 200 gramas, enquanto a mais cara custa US$ 3,5 mil por quilo. Os animais já são vendidos como tratamento de artrite e alguns tipos de câncer, por conter altas concentrações de glicosaminoglicano.