Em 2024, a safra de soja do Brasil não será recorde. É o que mostram os dados que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira, 8.
De acordo com a Conab, a safra em curso deve resultar em 149 milhões de toneladas de soja. Os números mostram uma colheita com 5 milhões de toneladas menos que no ciclo anterior. Assim, a companhia projeta uma queda 3% na produção de um ano para o outro.
Anteriormente, o órgão estimava que a colheita nacional de 2024 fecharia em 155 milhões, o que corresponderia a um novo recorde para o setor. O corte ocorreu em razão das irregularidades das chuvas em meio ao El Niño,
O fenômeno atrapalhou o plantio nas regiões Centro-Oeste e Sul. Elas respondem, respectivamente, pelas duas maiores colheitas do país. Ainda assim, o Brasil segue no posto de maior produtor do grão no planeta.
Apesar da queda
Mesmo com a queda, a colheita nacional de 2024 deve seguir com ampla vantagem sobre o segundo colocado: os Estados Unidos. Pelas estimativas oficiais, a produção norte-americana da cultura deve fechar em 113 milhões de toneladas. Ou seja: 25% menor que a dos agricultores brasileiros.
A maior safra de soja do Brasil
O Centro-Oeste é o maior produtor do grão no Brasil desde 1999 — quando alcançou o patamar de 13 milhões de toneladas em uma safra. Atualmente, o desempenho local é cinco vezes maior.
Em 2024, por exemplo, a produção local deve fechar em 68 milhões de toneladas. É mais que a colheita argentina da cultura — a terceira maior entre os países que cultivam esse grão.
Esse canto do Brasil abriga o Estado com a mais volumosa safra de soja no país (e no mundo). Trata-se de Mato Grosso, que deve produzir 38,6 milhões de toneladas no ciclo em curso — cerca de 15% menos, em comparação a 2023.