A consultoria DataAgro reduziu a previsão para a safra brasileira de soja de 2024. De acordo com as projeções divulgadas na quinta-feira 23, a quebra vai ser de quase 10 milhões de toneladas do grão.
Com a redução, a colheita deve cair de 163,7 milhões de toneladas para 156,7 milhões de toneladas. Caso a previsão se confirme, não haverá safra recorde de soja, considerando o histórico de resultados da consultoria. Para a produção de 2023, o registro é da colheita 157,2 milhões de toneladas.
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De acordo com a DataAgro, a redução da produtividade é o grande fator para redução — uma vez que a área plantada com o grão deve aumentar pelo 17º ano seguido.
Embora a área com a cultura deva aumentar de 44,6 mil para 45,3 mil hectares (ha), estima-se que a produtividade média caia 2% de um ano para outro. Segundo a consultoria, a perda de eficiência na produção se dá em razão do “clima irregular para o plantio”.
A importância da safra brasileira de soja
Além de abastecer criadores de aves, suínos e bovinos e cadeias industriais que envolvem alimentos, higiene, área automobilística e até mesmo energia, essa cultura confere ao Brasil uma posição estratégica no mercado internacional.
A safra de soja é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. O país é o maior produtor da cultura no planeta, responsável por cerca 42% da produção global e 55% do comércio internacional do grãos.
Entre os clientes externos, o grande destaque é o mercado chinês. A China é o maior consumidor mundial desse grão, mas tem a produção cinco vezes menor que sua consumo interno.
Para suprimir a demanda doméstica, o país recorre às importações, e a safra brasileira de soja abastece por volta de 60% das compras chinesas. Dentro do gigante asiático, o grão tem múltiplas funções. Entre elas, alimentar a maior fonte de proteína animal para a população local: o rebanho suíno da China — o maior do planeta.