Em meio a dificuldades financeiras, a cooperativa gaúcha Languiru anunciou o encerramento das atividades ligadas à produção de carne suína e bovina. Focada no agronegócio, ela enfrenta dívidas que somam R$ 1 bilhão. A sede da instituição fica em Teotônio (RS), a 100 quilômetros da capital, Porto Alegre.
Paulo Birck, presidente da cooperativa Languiru, disse que é necessário implantar um novo modelo de negócio na empresa gaúcha. Em sua análise, ele colocou como “primordial” rever as estruturas e “administrar a questão financeira por meio da descontinuidade de atividades ou negócios que não gerem resultado ou, ainda, que estejam drenando recursos”.
Corrida contra o tempo
De acordo com a revista Globo Rural, 12 de julho é a data-limite para o fim dos abates de suínos. “Corremos contra o tempo para estancar o prejuízo desse setor, e a sobrevida da Languiru depende da interrupção desse ciclo produtivo para redução do custo e do prejuízo diário que nos paralisam”, comentou Brick. “Não é uma decisão fácil, mas estamos procurando fazer o possível para auxiliar os associados.”
Na esteira das mudanças, a cooperativa gaúcha tenta vender ativos e negociar as dívidas. “É um momento muito duro para todos, mas são definições que precisam ser tomadas”, alerta o vice-presidente, Fábio Secchi. O executivo disse que até mesmo a produção de carne de frango corre o risco de parar.
“Nesse momento precisamos enxugar para sobreviver”, disse. “Se continuarmos com o atual volume de abate de 100 mil frangos por dia, seguiremos amargando prejuízos nesse segmento. Reduzindo volumes, temos melhores condições de negociação dos nossos produtos. Além disso, seguimos com o desafio de buscar parcerias para esse segmento, que possam melhorar nossa condição financeira e contribuir para a retomada da capacidade produtiva instalada no nosso frigorífico, que é de 140 mil frangos por dia dia. Precisamos fazer ‘movimentos cirúrgicos’, ou a avicultura também para.”
Acho que todos concordaram que uma dívida de 1 bilhão não aparece de uma hora para outra.
Se tivessem tomado as providências quando a dívida fosse de 100 milhões, teriam como se recuperar.
Só desligam o gás quando a panela de pressão estoura.
A Cooperativa Piá já foi pro brejo. Agora a Languriu. Afora a Cooperativa de Vinhos que quaser fechou pela denúncia de trabalho escravo;
Se os caras sabem que estão tendo prejuízo, porque é que continuam se prejudicando e só agora depois de um prejuízo bilionário resolvem se mexer, aparentemente vão causar uma redução na oferta para provocar um aumento de preços e ai a empresa se viabiliza novamente.
“…por meio da descontinuidade de atividades ou negócios que não gerem resultado ou, ainda, que estejam drenando recursos”,
– Precisou chegar a uma dívida de RS 1 bilhão, para se chegar à conclusão de que precisaria mudar a gestão dos negócios e fazer um enxugamento nas despesas da empresa? A aposta foi alta, hein? Chinês está de olho na cooperativa?
Essa é a tática da Paola Carrosela, falir o negócio para comprar mais barato. Que os agricultores tenha força e coragem para superar mais esse tombo!