Durante a Copa do Mundo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está fazendo uma campanha para promover a carne de frango do Brasil em Doha, no Catar. Ao todo, 30 painéis foram espalhados pelas avenidas mais movimentadas da capital do país-sede do evento.
“Frango halal do Brasil: trazendo sabor e sustentabilidade para mais de 150 países”, informam os painéis, em árabe e inglês. “Experimente no Catar!”
De acordo com a ABPA, a campanha busca “reforçar a presença brasileira como principal fornecedor da proteína avícola, tanto para o mercado catari, como para todo o mercado internacional islâmico”.
Atualmente, o agronegócio brasileiro é o maior fornecedor de alimentos para mercado halal do mundo. Esse nicho é formado por consumidores muçulmanos. Em razão da religião, eles estão submetidos a restrições alimentares.
Além disso, o mercado de exportação frango do Brasil tem uma relação de quase meio século com os países islâmicos. Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, essa história começou em meados da década de 1970.
“As nações islâmicas foram os primeiros destinos das exportações brasileiras de carne de frango, em 1975″, disse Santin. “Temos uma sólida parceria construída, que projeta para incrementos no longo prazo.”
Exportações de frango do Brasil
Entre janeiro e outubro de 2022, os países que integram a Organização para a Cooperação compraram quase US$ 3 bilhões em carne de frango do Brasil. O Catar aparece na quarta posição entre essas nações, responsável por cerca US$ 180 milhões.
No topo dessa lista, estão os Emirados Árabes Unidos, com cerca de US$ 800 milhões. O país está praticamente empatado com o Japão na segunda posição entre compradores globais desse item brasileiro. A China ocupa o primeiro lugar, respondendo por pouco mais de US$ 1 bilhão.
O que é halal
Para os muçulmanos, halal quer dizer lícito, aquilo que é apropriado para o consumo. Os alimentos que levam essa designação precisam cumprir uma série de normas no processo de produção. Dentre elas, a proibição de conter componentes de origem suína ou álcool, por exemplo. Atualmente, quase 2 bilhões de consumidores no mundo são muçulmanos.