Esta quarta-feira, 13, marca o Dia Mundial da Agricultura. Os motivos para comemorar começam com o próprio nascimento das cidades e vão até muitas das facilidades que temos hoje — incluindo o fornecimento de energia limpa.
O dia a dia se tornou muito mais fácil com a agricultura. O domínio das técnicas de cultivo de vegetais em áreas concentradas garantiu à humanidade a possibilidade de se fixar nas regiões, em vez de se manter nômade. Sem essa mudança, não seria possível o surgimento das aldeias — que deram origem às cidades e aos países.
Produtos do dia a dia e a agricultura
Inicialmente, o cultivo garantiu fontes mais seguras de alimentos e materiais para a fabricação de roupas. A evolução das técnicas trouxe um novo leque de possibilidades para o dia a dia em sociedade — a agricultura de hoje também fornece matérias-primas para a produção de móveis, combustíveis, energia elétrica, cosméticos, papel, doces e rações, usadas na engorda de animais dedicados à produção de alimentos, como carne, ovos e leite.
Na criação de bovinos, por exemplo, não existiriam os sistemas de confinamento e semiconfinamento sem o uso de rações. E a concentração em ambientes controlados é a principal técnica para a criação de frangos, suínos e até mesmo peixes, como a tilápia criada em tanques. Essa fonte de nutrição usada nas criações vem de culturas como soja, milho e algodão.
No caso do algodão, há um caroço rico em proteína vegetal. Ele é moído para gerar ração e óleo, depois de extraída a fibra para a confecção dos tecidos.
Soja e milho também são matéria-prima para a produção de óleo. Além disso, esses dois grãos são usados para a produção de combustíveis renováveis, como o biodiesel e o etanol — usados para alimentar os motores de combustão que movem os veículos.
Por volta 18% da produção brasileira de etanol vem da safra de milho, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento. O restante tem a cana-de-açúcar como matéria-prima — e o processamento desse vegetal ainda gera outras facilidades.
A cana também gera açúcar, cachaça, fertilizantes, insumos para a produção de embalagens renováveis e o bagaço usado para produzir energia elétrica. Graças a esse segmento, a agricultura hoje é a terceira maior fonte da matriz elétrica do Brasil.