A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), que atua na cadeia pecuária e conta com 22 mil associados, condenou a decisão do Senado Federal de analisar a proibição de exportação de animais vivos. Na terça-feira 31, a Comissão de Direitos Humanos da Casa aprovou uma sugestão legislativa, com objetivo de impedir os embarques.
O texto chegou ao Senado pelo portal e-Cidadania, onde ideias legislativas podem ser propostas por qualquer cidadão. No caso, foi apresentada pela moradora do Rio de Janeiro, Norah André. Ela argumenta que os animais sentem dor e medo, comunicam-se, têm sentimentos e consciência de sua existência. Segundo Norah, a Constituição atribui ao Estado o dever de garantir a dignidade dos animais e impedir que sejam objeto de crueldade.
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No Senado, a proposta será analisada como projeto de lei e terá o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) como relator. Em sua análise, ele disse que há notícias de superlotação, desgaste físico, dor e além de práticas cruéis durante o transporte dos animais em navios. O parlamentar ainda diz que não há infraestrutura para desembarcar os animais em caso de emergência, o que pode levar a maus-tratos.
O que diz a ABCZ
Em carta aberta, a ABCZ informou: “É inaceitável assistirmos, mais uma vez, a um ataque a uma atividade lícita e tão importante para a nossa economia”. A entidade reforçou que os “argumentos apresentados por quem ataca a atividade são infundados e demonstram profundo desconhecimento”.
A exportação de boi vivo, ou gado em pé, é um “nicho de mercado específico” da pecuária e não compete com os embarques de carne in natura. Só nos dois últimos anos, o Brasil enviou ao exterior mais de 800 mil animais.
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Sabendo da importância do tema, os pecuaristas esperam contar com os senadores e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para se posicionarem em relação ao assunto, “pondo fim a esses ataques inadmissíveis.”
Íntegra da nota
“A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) vem a público demonstrar sua indignação com o anúncio de que o Senado Federal analisará a proibição de exportação de animais vivos para abate. Inaceitável assistirmos, mais uma vez, a um ataque a uma atividade lícita e tão importante para a nossa economia.
Sabemos que o pecuarista brasileiro busca, historicamente, alternativas para driblar os altos custos porteira adentro e para aumentar a geração de emprego e renda para este país. Além de abastecer o mercado nacional, vendemos nossos produtos – material genético, carne e animais vivos – também para o exterior, fazendo crescer nossa atuação no mercado mundial e garantindo a entrada de mais volume financeiro para o Brasil.
Os dois primeiros produtos citados – material genético e carne – muitas vezes são exportados através das indústrias, em especial das centrais de inseminação e dos frigoríficos habilitados, que concentram a maior parte do lucro dessas exportações. Já o BOI VIVO é um nicho de mercado específico, que, além de não competir com a carne, trouxe uma nova opção de venda com melhor remuneração ao pecuarista. Uma modalidade também explorada por diversos outros países da União Europeia e pelos Estados Unidos.
Os argumentos apresentados por quem ataca a atividade são infundados e demonstram profundo desconhecimento sobre o cumprimento da regulamentação da IN46/2018 MAPA – que se baseia nas normativas da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) – sobre o bem-estar dos animais. Além disso, é totalmente inaceitável vermos ser menosprezada a exportação de gado vivo, que, só em 2019, movimentou cerca de US$ 457,2 milhões, segundo as Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro do Ministério da Agricultura.
Mais uma vez, em nome dos mais de 23 mil associados da ABCZ, que lutam diariamente pelo desenvolvimento deste país, expomos nossa revolta e pedimos atenção dos órgãos competentes. Estamos certos de que, conhecedores da importância deste mercado para a cadeia produtiva brasileira, os excelentíssimos senadores, bem como os representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se posicionarão logo quanto ao assunto pondo fim a esses ataques inadmissíveis.
Mais do que nunca é momento de valorizarmos quem produz e apoiar toda e qualquer atividade – que de forma lícita e digna – traga frutos para nosso país.
Rivaldo Machado Borges Júnior
presidente da ABCZ”
Albert Einstein disse que o universo e a estupidez humana são infinitos, porém não tinha certeza quanto ao Universo. Isto que é feito com os animais é a mais pura maldade. Terá consequências.
Vamos colocar todos os senadores em um navio e exportar, podemos também juntar os deputados e os nobres semi-deus da justiça. Como seriamos felizes.
Caramba, quando a gente acha que não tem mais como inventar asneiras, me aparece o saltitante conta-rato e diz que o boi tem alma sob o couro.
A partir de hoje quando fizer churrasco, vou fazer uma reza pro companheiro do saltitante pra que a alma do boi não fique me assombrando.
Esse senador conta-rato pode promover uma audiência pública e convidar os bois a se pronunciarem.
Viu, Agro? Ousar ser eficaz e apoiar o PR tem consequências.
Será que eu entendi direito? Comissão de direitos humanos proibindo exportação de animais? Onde esse pessoal está com a cabeça? Em Marte, Lua ou Vênus? A estupidez nunca vai encontrar seu limite em Pindorama?
Seria bom que os senadores parassem de atrapalhar o Brasil!
Albert Einstein disse que o universo e a estupidez humana são infinitos, porém acrescentou não estar perfeitamente convencido quanto a primeira parte dessa assertiva!