Entre janeiro e julho de 2023, as exportações de grãos de soja do Brasil renderam por volta de US$ 38 bilhões. A cifra equivale a média de US$ 180 milhões por dia, um recorde para o setor.
De acordo com os dados preliminares da balança comercial, a receita com as exportações de soja do Brasil fechou o período com ganhos de 8,5%. Assim, houve um extra de US$ 3 bilhões, em comparação ao faturamento entre janeiro e junho do ano anterior.
Esse grão é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. Sua aplicação versátil começa com a fabricação de farelos e óleos para alimentação humana e se estende em uma cadeia produtiva que envolve processos como a criação de animais, insumos para diversos segmentos da indústria (como alimentos, itens de higiene e pneus para carros) e geração de energia limpa, por meio do biodiesel.
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Atualmente, o país é o maior produtor e exportador desse grão no planeta. A China, a maior compradora da produção brasileira, o usa para alimentar parte de seus rebanhos bovino e de aves, entre outras finalidades.
Além disso, a produção da cultura no país impulsiona outros cultivos no mesmo ano. Entre elas, milho e algodão. Dentro da mesma safra e da mesma área, em períodos em que a soja não está sendo cultivada, é comum que uma dessas plantações ocupem o solo para otimizar a produção.
Produção de soja no Brasil
A colheita de soja de 2023 é estimada em 155 milhões de toneladas, o que equivale a quase metade de toda a safra de grãos do Brasil. E o Centro-Oeste do país responde por 50% de toda a produção dos sojicultores do país.
Nessa parte do país, o destaque é do Mato Grosso. Os agricultores locais devem colher por volta 45 milhões de toneladas da cultura neste ano. Esse volume corresponde a 60% da safra da região, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento.
A safra mato-grossense prevista para 2023 é maior que a produção argentina estimada para o mesmo período. Assim, a colheita de soja do Estado é menor apenas que a dos Estados Unidos e do restante do Brasil.