A Raízen, um gigante do agronegócio brasileiro, deu início, na terça-feira 12, à construção da primeira fábrica do grupo dedicada à produção de biometano — um gás natural renovável. O material é feito a partir da transformação do biogás.
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A unidade será capaz de produzir 26 milhões de metros cúbicos do combustível por ano. O volume é suficiente para abastecer 200 mil clientes residenciais.
Prevista para ser inaugurada em 2023, a nova fábrica já possui dois contratos antes mesmo de começar a funcionar. Um deles é com a Yara Brasil Fertilizantes, que vai receber 20 mil metros cúbicos de gás natural renovável por dia, para produzir hidrogênio e amônia verde. O outro é para fornecer 50 mil metros cúbicos diariamente à Volkswagen — a montadora será a primeira no país a utilizar biometano na produção.
A planta foi projetada para ficar anexa ao Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP). Ela está localizada a cerca de 160 quilômetros da cidade de São Paulo. Durante a construção, 250 empregos diretos serão criados. Fruto de uma parceria entre a Raízen e a Geo Energética, a planta terá o investimento de R$ 300 milhões.
No Parque de Bionergia Costa Pinto, o gigante do agronegócio produzirá o gás natural renovável com o biogás feito de vinhaça e de torta de filtro. Esses resíduos têm origem nos processos fabris do açúcar e do etanol.
Com a unidade de biometano, a Raízen passará a operar a segunda fábrica de biogás da companhia. A primeira funciona desde 2020, na cidade de Guariba (SP), distante 350 quilômetros da capital, São Paulo. Entretanto, todo o gás oriundo dela é dedicado à geração de energia elétrica vendida na rede de distribuição de eletricidade.
Cada individuo defeca 200 g de fezes por dia. Uns mais, outros menos. No Brasil inteiro, dá 40.000 ton/dia. Isso dá 1,5 milhão de m3. Vamos aproveitar nosso cocô também.
Formidável iniciativa. Mas a molécula do metano é CH4, e a do biometano é tb CH4. Biometano meio que afronta a química.