O governo de São Paulo lançou o Programa Propaga SP para investir mais de R$ 7 milhões para impulsionar a produção de mudas. O objetivo é atender à demanda do produtor com mudas de alta sanidade, sustentabilidade econômica e redução de plásticos na natureza.
Segundo o governo Tarcísio de Freitas, o início de 2024 marca um recorde de investimentos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), em suas unidades da Cati Sementes e Mudas.
Nesta quinta-feira, 22, o governo paulista entregou equipamentos de produção de mudas em embalagens biodegradáveis, novas estufas agrícolas e câmara de nebulização no Núcleo de Produção de Mudas da Cati, na cidade de Itaberá.
São Paulo: produção de mudas deve crescer de 500 mil por ano para 2,5 milhões anuais
O Propaga SP é um programa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Segundo a secretaria, a Cati Sementes e Mudas passa a oferecer mais de 300 espécies de mudas frutíferas comerciais ao mercado e também silvestres e florestais.
“Estamos aqui lançando hoje R$ 7 milhões em investimentos para solucionar um problema que afetam o setor frutífero do Estado de São Paulo”, disse o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai. “É da muda que nasce toda cadeia e, sendo elas biodegradáveis e com quantidade de substrato e adubação perfeita, terá muito menos perda.”
De acordo com Piai, algumas culturas podem perder de 30% a 40% com mudas de má qualidade. “Uma muda saudável gera muito lucro ao produtor; ela vai crescer rápido e produzir em muita quantidade”, disse o secretário na abertura do evento.
As embalagens biodegradáveis serão produzidas por uma máquina importada da Dinamarca, que segundo a secretaria é única no Brasil, instalada no Núcleo de Mudas de Itaberá.
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“O processo inovador tem como foco a sustentabilidade econômica e ambiental”, disse Gerson Cazentini Filho, diretor da Cati Sementes e Mudas. “Pois facilita o plantio, reduz custo de implantação dos cultivos agroflorestais e preserva o meio ambiente.” As novas embalagens reduzem o peso e aprimoram o transporte das mudas, segundo a SAA.
A produção de mudas vai passar de 500 mil por ano para 2,5 milhões anuais, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Isso vai permitir “a recuperação de 2.200 hectares de áreas degradadas por ano, utilizando a mesma quantidade de mão de obra”, segundo o órgão.